Bem vindos!

Este blog foi feito para narrar algumas das caraminholas de minha cabeça, antes que ela exploda! É um espaço de reflexão, e não de notícias ou de relatos do meu dia... A não ser que eles inspirem algum pensamento diferente!!! Mas leia, e não sinta medo dos textos longos: quem sabe o que pode sair deles? As vezes uma caraminhola na sua cabeça também!!! Só lendo para saber! =D

Muito obrigada pela visita! Fique à vontade: sente-se, tome um cappuccino, coma uns biscoitinhos, leia, reflita...
E VOLTE SEMPRE!!!


A proposito: não se preocupe! A cara mudou, mas o blog continua o mesmo! ;)

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

É igual, só que diferente!

"But we never gonna survive, unless...
We get a little crazy"

Escrevendo ao som de Crazy, do Seal.
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A humanidade produz um monte de contradições... Talvez falar de uma coisa e negá-la cinco minutos depois seja um ato inerente ao ser humano. Ou quem sabe o verbo certo aqui seja repetir. Repetimos frases e pensamentos completamente opostos como verdades absolutas, e, pior ainda, tentamos conciliá-los para viver. De qualquer forma, sendo ou não um paradoxo ambulante e ululante, nós somos engraçados!
Uma das pérolas de contradição está na frase: “cada um é cada um”. Eu entendo que cada ser humano é único, cheio de experiências próprias e formas distintas tanto de encará-las quanto de absorvê-las. Eu creio que até já defendi essa ideia em algum outro texto aqui... Mas então, por que queremos tanto nos encaixar? Ou melhor: por que precisamos tanto nos encaixar? A simples premissa de que somos únicos devia ser o suficiente para não nos fazer sofrer pela diferença. Ainda assim, a todo instante podemos ver as pessoas lutando para serem “normais”, “comuns”, mesmo sendo indivíduos. Querendo entrar em modelos...
No livro “Vida, o Filme” (sim, ele ainda aparecerá em muitos posts como referência), o autor cita que criamos nossos próprios roteiros de vida sozinhos ou com base em outros roteiros, cinematográficos ou reais. E quantos não fazem isso? Eu faço!
Bom, aqui só posso falar por mim. E, pelo menos, eu sempre quis me mirar em alguém, saber que alguma pessoa teve alguma história parecida, não me sentir a diferente, a única. Várias vezes eu já quis que tudo corresse em minha vida como no cinema, simples, um problema e uma rápida resolução, que caísse do céu. Quantas vezes não desejei que minha vida fosse mais interessante, como as histórias dos filmes e livros? No entanto, eu já escrevi diversas vezes sobre o universo pessoal que cada pessoa é, quer maior paradoxo?
Mas vou mais profundamente na questão da unicidade de cada um. Se somos todos únicos, porque encontro pessoas com os mesmos problemas que eu? Eu percebo que muitos dos meus amigos se sentem da mesma maneira que eu sobre vários assuntos, como, por exemplo, a procura por emprego. Das duas uma: ou os semelhantes se atraem, subvertendo a lei do magnetismo, ou nem todos são tão diferentes assim... E aí fica a duvida: somos iguais ou diferentes? E o que seria melhor?Uau, essa questão envolve coisas demais! Até mesmo a tal “igualdade” da Revolução Francesa e o principio de opinião individual da democracia! Quem sabe podemos ser diferentes, mas nem tanto, para não sermos considerados loucos... Ou será como somos iguais por sermos completamente diferentes e únicos? Será que isso faz sentido? Eu acho que faz... Igual o meu professor de biologia do cursinho falava “Isso aqui é igual, só que diferente”, porque havia alguma pequena mudança no mesmo principio. Não sei se é igual que todo mundo entende...
Bom, para encerrar, por que eu escolhi essa epigrafe?

Sabe que nem eu sei? (risos) O que ela parece significar para vocês?

sábado, 28 de novembro de 2009

Meta-postagem

Às vezes escrever aqui fica tão difícil... Não era assim antes, sabem?
Não sei o que acontece, apesar de teorias não faltarem... Uma delas é que ando pensando demais, as ideias não amadurecem, elas mudam no meio do pensamento, no meio da própria escrita do texto, e quando eu termino, não é aquilo que eu queria escrever no começo. Mas... o que eu queria escrever mesmo?
Outra é que talvez eu não queira pensar o que eu estou pensando. Vocês entendem? É como se ao escrever aqui todas essas dúvidas, questões, confusões, tudo isso se tornasse mais nítido, palpável, e ainda mais difícil de ser encarado... Se tornasse mais real, e não fossem mais apenas fantasmas embaixo do meu colchão. Então eu busco distrações (o facebook, por exemplo), fugindo do pensamento aprofundado de tudo isso...
A última teoria é a do cansaço mental. Esse final de semestre foi bem cansativo, e não só na faculdade, mas com o fato de acordar muito mais cedo, agora que estou sem o fretado. O pique diminuiu, as ideias diminuíram, e tudo que meu cérebro quer é dormir até as coisas melhorarem! Mesmo agora enquanto escrevo, meu olho sente vontade de fechar, mesmo eu tendo dormido até às 11h da manhã hoje! É um absurdo!

Talvez a questão sejam todas as teorias juntas e misturadas, ou uma ou outra intercalada, ou mesmo não é nada disso e eu sou fresca mesmo! Hahahahhahaha
Não importa! Essa é uma sessão desabafo/ mea culpa básica e já acabou! Se você chegou até aqui, desculpe tê-lo feito ler tudo isso. Se não, aaaaah, nem preciso escrever nada, porque não será lido mesmo hahahahhahahahah

É isso, pessoas...
Leiam o post abaixo que é um pouco mais "normal" (se é que eu posso escrever algo normal, ?).
Beijooooooos

Fugas

Post com a colocaboração especial da Luma, que debateu um pouco o tema comigo, antes de eu escrever. =D
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Todos dizem que a ficção é um escapismo! Claro, não só a ficção, como o entretenimento em geral. Mas, afinal de contas, do que fugimos? O fato de o mundo da fantasia ser mil vezes melhor que a realidade já é um ponto pacífico. Ainda assim, isso não justifica tamanho medo que sentimos da realidade. Seria medo de viver?
Acabei de ler um livro (Vida, o Filme – Neal Gabler) que afirma que o ser humano sempre demandou o entretenimento. Ao invés de aplaudir a arte elitista, que distancia e critica a vida, as pessoas preferiam ser engolfadas pela ficção, de tal forma que o distanciamento do real fosse tão grande que não gerasse mais análise, e sim esquecimento.
Mas eu acho que mais do que um escape, o entretenimento é uma solução! Por alguns segundos, você vive aquilo que você sempre sonhou, o que quer que isso seja: um grande amor, um salto na escala social, a vingança sobre seu chefe ou sobre o cara que já lhe deu uma rasteira. Não importa! Aqueles personagens fazem o que não podemos fazer. É a chamada catarse, personificação do id, dentre muitos outros nomes... Ou, em português claro: a pura e simples realização! O entretenimento terceiriza nossos desejos, assim como os nossos medos.
E aí que reside o grande perigo. É claro que a distração é essencial, sem ela nós estaríamos perdidos, enlouqueceríamos com a realidade nua e crua. Mas se nos abstivermos demais da realidade, isso não se torna a dita alienação? Não nos esqueceríamos do mundo, deixando-o simplesmente como ele é, sem resolver seus problemas?
De acordo com Gabler, esse será o grande debate do século XXI: viver a realidade, ou essa pós-realidade, melhorada na nossa mente? Talvez, como sempre, o caminho certo seja o do meio, do equilíbrio. Ou seja, tentar fazer o máximo possível para melhorar o que julgamos imperfeito, mas, quando chegar no ponto disso nos fazer mal, simplesmente nos colocarmos no papel de espectadores do cinema, sentindo sem sentir, vendo outros caminhos e outras possibilidades, e aguardando pelo final feliz. Deixar-se engolfar, mas sabendo que, como no cinema, essa não é a realidade total. Como uma anestesia, um analgésico, necessário para seguir em frente, corrigindo as incoerências, dando sentido, mesmo que o efeito seja provisório.
No fundo, eu acredito que os realistas têm inveja de não saber usar os “óculos cor-de-rosa”. Por isso querem tirá-los de quem sabe usar, a todo custo, ao invés de tentar aprender.

sábado, 7 de novembro de 2009

Como assim Anéis de Pureza?

Em maio deste ano os Jonas Brothers vieram em turnê ao Brasil, e se tornou figura carimbada na mídia. Em meio às várias entrevistas dadas, uma informação me chamou a atenção: o fato deles usarem “anéis de pureza”, por serem evangélicos, representando que casarão virgens. Que mundo é esse em que artistas pop adotam um discurso moralista-religioso e ainda assim são aclamados pelos adolescentes?
Parte do meu estranhamento se deve ao padrão dos ídolos da minha adolescência. Todos reforçavam um sensualismo exaltado.É claro que parte da nova geração de artistas não foge à antiga fórmula. Basta citar Amy Whinehouse, Lindsay Lohan e a própria Britney, as rainhas dos escândalos pop. Mas, numa espécie de contramão, alguns astros jovens seguem o ideal do “bom-mocismo” dos Jonas Brothers.
Curiosamente estes modelos de conduta são criados por emissoras pré-adolescentes, como o Disney Channel. Além de um filme estrelado pelos Jonas Brothers, eles lançaram a trilogia High School Musical, que inaugurou essa nova tendência. Para que não sabe, é a história de um amor colegial e platônico, a ponto do casal principal só dar o primeiro beijo no final do segundo filme, mesmo já tendo começado a namorar no começo dele. Para uma geração que transformou o “ficar” em um relacionamento meio sério, e que criou então o “pegar”, um romance nestes termos ser sucesso é quase contraditório. Quase, porque é possível entender alguns motivos do público.
Um deles, para mim, é a velocidade. Hoje tudo acontece rápido demais: mal se viu e já se agarrou. E parte da graça do namoro é a tensão que o vagar forma, o frio na barriga da incerteza.
Mas enxergo ainda uma razão mais profunda. Atualmente, uma pessoa se guardar para alguém especial se torna algo raro e extremamente romântico. Ressalta a crença de que existe uma alma-gêmea, e que você está no mundo apenas para ela. É isso que representa o anel de pureza. Ou mesmo o outro fenômeno pop: Edward Cullen, o vampiro bonitão da série de livros Crepúsculo.
Edward, que ostenta valores do início do século XX, se tornou modelo perfeição no novo milênio por ter esperado 80 anos pelo amor de sua vida. Para sua sorte, ele tem eternos 17 anos. Quando finalmente a encontra, ela é uma garota comum. Como a maioria das meninas, que esperam encontrar quem goste delas pelo que elas são.
Enfim, a verdade é todas as mulheres procuram seu príncipe encantado, por mais que não o admitam em voz alta. Umas saem por aí beijando sapos e se convencendo que não querem que eles se transformem. Outras esperam que o herói venha ao seu encontro montado no cavalo branco. E algumas, ainda por cima, querem-no zero quilômetro, o anel de pureza como garantia. E pensar que antigamente as mulheres que tinham que casar virgens...

domingo, 11 de outubro de 2009

Síncope das Ideias

Desculpem o roubo de título! Para quem não sabe, ele é de um livro do Marcos Napolitano sobre música brasileira, mas esse post não tem nada a ver com música... Pelo menos não diretamente! Se você achar algum bom link não sou eu que vou te reprimir! Mas o título é bom, então estou aproveitando...
Outra coisa! Esse texto é tanto uma caraminhola como uma forma de justificar a ausência durante setembro todo, ok?
Com isso posto, vamos ao post =D

Eu acho engraçado e irônico como eu posso ficar um mês inteiro sem ideias, e de repente elas todas surgem, juntas, em um único dia!
Na verdade pensar é algo estranho é complexo. Primeiro porque temas se entrecruzam, e você pensa mil coisas ao mesmo tempo e esquece onde foi para o fio dessa louca meada. Segundo porque pensar é realmente complexo em alguns pontos, e te leva a caminhos sem retorno.
Eu estava pensando nisso, inclusive, essas semanas, e meio veio à cabeça a seguinte ideia: Eu não “era feliz e não sabia”. E sim eu era feliz enquanto não sabia. E mesmo sem ainda saber, o conhecimento disso me torna infeliz.
E será que eu tenho como retornar dos questionamentos já feitos? Todo a vez que eu me pergunto, isso me transforma em outro alguém. Eu nunca sou a mesma Nathalie que acordou de manhã, parafraseando Alice (sim, aquela que foi ao País das Maravilhas). Ou talvez não seja a mesma que acordou para a vida. É como se eu tivesse fechado uma porta atrás de mim, mas a da frente não está aberta.
E é por isso que a distração é tão boa! Marx estava certo ao dizer que o que aliena (no caso a religião) “é o ópio do povo”. Ela nos corta essa dor eterna, a de querer saber o que não temos como conhecer. Está bem, eu estou sendo bem dramática! Não é tão doloroso. Mas a incerteza não é o melhor sentimento do mundo. Às vezes acabamos entrando num ciclo vicioso de questionamentos e não conseguimos transformá-los numa espiral de evolução!
Querem saber de uma coisa? Eu acho que é por isso que os teóricos querem tanto tirar o povo da alienação! No fundo, eles queriam voltar à “ingenuidade”, mas não tem como. Logo, querem que a gente vá pelo mesmo caminho que eles, assim eles não tem quem invejar! Prontofaleioquetavaentalado!!!
Depois, conclui que, em parte, isso tudo justifica minha ausência! O problema das caraminholas é que elas despertam todas as questões sem respostas da minha mente. E a verdade é que eu não estava com vontade de ligar essas ideias, para não entrar em uma síncope! Vocês me entendem, né?
Mas a verdade é que, se eu pudesse, eu gostaria de voltar não ao tempo em que não questionava, mas sim àquele em que eu não fazia tanta questão das respostas, e qualquer coisinha me tirava a grande questão da cabeça! Era tão bom... Acho que agora eu vejo a Terra do Nunca de uma outra forma... Vocês também não?
Resumindo: estamos de volta a ativa, pessoal! E a lista de caraminholas cresceu desproporcionalmente! Se preparem!
Se você ainda não liga para as respostas: salve-se enquanto ainda tem tempo! Agora, se já está tão perdido quanto eu, leia os posts, comente e reflita comigo!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Simples e Bonito

Falar é uma coisa fácil e difícil ao mesmo tempo. É fácil porque aprendemos naturalmente, basta ter pessoas falantes por perto na infância e ao longo da vida. É difícil porque as palavras nos limitam, para entender os outros, é preciso entender as palavras que ele usa.
Dizem que só passamos a apreender o mundo quando começamos a associá-lo a palavras, ou pelo menos, conseguimos explicar aquilo que apreendemos. Logo, quanto mais palavras você tem, maior o seu mundo se torna. Mas de que adianta ter este grande universo, se talvez nem todos o entenderão, e poderão complatilhar?
Toda essa reflexão começou quando minha mãe comentou comigo que não sabia muito bem o que comentar em alguns textos daqui, por não ter entendido algumas coisas. Eu achei isso tão estranho, afinal eu tento ser o mais simples possível aqui. Esse fato se juntou com uma outra lembrança: como era trabalhoso encontrar palavras simples para ajudar uma aluna com uma resposta. Cheguei à conclusão que todos aqueles que trabalham com texto tendem a enfeitá-lo, numa ânsia por fazer a melhor construção, criar efeitos de linguagem, poesias em prosa, não repetir palavras... E assim temos a sensação de que escrevemos um belo texto. De que somos mestres das palavras e das ideias. De que somos cultos, sabidos, os donos do conhecimento. E eu, simples humana, não escapo dessa tendência vaidosa.
Mas de que adianta escrever algo agradável, se não é acessível? Seria melhor expressar mais coisas para menos pessoas? Ou menos coisas para mais pessoas?
Não são perguntas retóricas, eu realmente não sei respondê-las. Acho que ninguém sabe. Mas, o que podemos fazer é o grande esforço de tentar falar mais com menos, de expressar tudo que queremos de forma clara, objetiva, simples. Seguir a regrinha de ouro de um professor meu: “entre duas palavras, escolha sempre a mais curta e simples”.
Muitas vezes, palavras difíceis escondem mentes vazias, que só tiveram espaço para decorá-las. É só lembrar de Fabiano, do livro Vidas Secas, que, ao tentar falar, se enrolava nas palavras belas que ouvia do seu Tomás da Bolandeira, e não conseguia dizer nada com sentido. Mas esta não é uma regra universal. Pelo menos, eu espero que não seja meu caso.
De qualquer forma, minha nova regra é: mais espaço para as ideias, e menos para os enfeites! Eu vou tentar! Espero conseguir!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Medo dos Porcos

Hoje um professor da faculdade comentou sobre aquela campanha anti-Lula em que a Regina Duarte usava a frase "Eu tenho medo". Isso me lembrou um pouco de outro medo que povoa nossas mentes nesses últimos meses: a gripe suína. (É, eu não ia ser a única a não tocar neste assunto).
Ela começou como uma notícia distante, e logo passou a fazer parte do nosso dia-a-dia de uma maneira escandalosa. Aulas foram adiadas, transtornos foram causados, máscaras foram compradas, e álcoois em gel simplesmente sumiram das prateleiras de farmácias e mercados. Tudo pelo sentimento de terror que esta doença causou.
Pior ainda: agora chovem e-mails decretando a manipulação governamental e midiática: casos estão sendo escondidos de nós! O problema é que ninguém cita fontes, então como confiar? E se isso for verdade, o que será de nós?
Quando as aulas foram adiadas, uma amiga minha comentou algo que me fez pensar: e se tivermos que adiar as coisas indefinidamente, e nunca mais voltarmos a viver? Isso é verdade! Não há sentimento mais castrante que o pânico. E aqui eu preciso diferenciar medo e pânico. O primeiro é um sentimento praticamente essencial para qualquer espécie, ele faz com que a gente não se arrisque em situações críticas, faz parte do instinto de sobrevivência. Já o pânico, para mim, é o medo injustificável ou exagerado de algo. Como é o caso da gripe suína!
Eu acredito que não há motivo para pânico. Por mais irônico que pareça, a melhor forma para se precaver, dita inclusive pelas autoridades, é evitar ser “porco”. Ou seja, fazer o mínimo da higiene existente: conter seu próprio espirro, lavar bem as mãos e não encostar a boca nos bebedouros (prefira os de galão). Coisas pequenas que se deve fazer sempre! Por mais que não existisse a gripe, não se pode passar nos olhos ou boca com a mão que encostou no ônibus, no corrimão ou em qualquer ligar público
Bom, só desejo que o pânico não tome conta de nós, e que as pessoas façam esse básico de higiene! E que todos os porquinhos possíveis, humanos ou virais, sumam para sempre!

Sumiço

Não há nada melhor do que férias para acabar com a sua forma em alguns aspectos... Como a sua forma mental... Dá uma preguiiiiiiiiiça! Por isso que acabei sumindo, nenhuma caraminhola nova surgiu, acabaram as minhas reservas...
Mas agora voltando as aulas a mente volta a pegar no tranco, e novas sinapses voltam a ser feitas! Então, estou oficialmente voltando.

Boas caraminholas =D

Aaaah, antes que eu me esquece, a frase do dia:

"Quando cansamos de falar sozinhos, montamos um blog"
Luis Mauro do Sá Martino (meu professor de Comunicação Comparada)

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Palavreado

“Só que bola, papagaio, pião
de tanto brincar se gastam.
As palavras não:
Quanto mais se brinca com elas,
mais novas ficam.”

José Paulo Paes

Eu já falei sobre as palavras aqui antes, há muuuuuuito tempo. Mas hoje vamos retomar esse assunto, que dá sempre pano pra manga!
O mais engraçado das palavras é que de tanto usá-las nos acostumamos com elas. Elas parecem básicas, normais, óbvias demais para repararmos nelas, né? O problema do óbvio é que ninguém reflete sobre ele, e coisas interessantes, e até mesmo desconhecidas podem passar despercebidas. Eu escolhi algumas palavras para comentar, tenho “colecionado” algumas delas há algum tempo, mas se você já tinha percebido o que eu disser aqui que bom! Além disso, eu não fiz nenhum estudo etimológico das palavras, pode ser que a real origem delas nem tenha muito a ver com o que eu disse aqui, mas não podemos negar que faz sentido.

Afeto: Ai está uma palavra que usamos costumeiramente! De acordo com o dicionário: “sentimento de amizade e ternura para com outrem; afeição; amor”. Mas vocês já reparam a semelhança dela com a palavra afetar? Olhem bem, é o mesmo radical! Mais uma vez recorrendo ao dicionário, o verbo afetar é sinônimo de atingir. E realmente, ao sentirmos afeição por alguém, não somos meio que afetados por esta pessoa? O que ela faz ou deixa de fazer sempre tem algo a ver com conosco!

Preocupação: Bom, essa nem precisamos procurar o significado, né? É se preocupar, ter cuidado com alguma coisa. O legal é que se tirarmos o sufixo “pre”, fica a palavra “ocupação”. E lembrarmos que “pré” é algo anterior, a palavra também significa: se ocupar previamente. E realmente, quando estamos muito preocupados com uma coisa, ela ocupa nossa cabeça, às vezes até antes de acontecer mesmo. Essa acredita que alguns já tenham notado, mas é válida, vai?

Ordinário: Esta palavra existe em alguns idiomas: ordinary em inglês, ordinaire em francês, e ordinario em italiano e espanhol. Sua raiz é latina, ordinarius, e significa “aquilo relativo à ordem, usual, costumeiro”. Logo, ordinário simplesmente quer dizer comum. Mas, aqui no Brasil (não tenha idéia como é isso em Portugal), ela tem um outro sentido, pejorativo, que é muito mais usado: aquilo que é vulgar, grosseiro. Eu acho isso tão diferente! É até estranho, já que em inglês se usa muito “ordinary” significando apenas algo comum, mas você tende a ler com o significado nosso mesmo! Mas sem saber, a usamos no sentido original quando adicionamos o prefixo “extra”. Extraordinário é simplesmente tudo aquilo que foge ao comum.

Pensar nessas coisas é extraordinário, viu?
Beijos!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Identidade

Tema já citado, mas que ainda abriga muitas reflexões. (Às vezes eu penso que, bem lá no fundo, todos os posts meus são sobre a mesma coisa).

É difícil se dizer quem se é. Somos mais que o nosso nome, nossa idade, nossa profissão, nossos pais, nossos amigos, nossos amores, nossos professores, nossas experiências, nossos sentimentos... É uma soma, disso e muito mais, cujo resultado é sempre maior do que os elementos somados. Algo que não adianta apenas analisar (aqui significação a separação para compreensão), é preciso também sintetizar (unir, compreender o todo)!
Eu acho que a verdade sobre nós mesmos é algo muito difícil de descobrir, e talvez seja mais difícil ainda de aceitar. Vou aproveitar um repertório inesperado (leia-se desprezado) para exemplificar tudo isso. Existe uma saga de livros chamados “O Ciclo da Herança” (talvez você se lembre melhor se eu disser que o primeiro livro é “Eragon”). Nela o autor, Christopher Paolini, criou uma língua antiga que reúne o verdadeiro nome de todas as coisas e permite manipulá-las com magia. Por exemplo: brisingr é o verdadeiro nome do fogo, arget o verdadeiro nome da prata... Nesta língua, o nome próprio de alguém significa aquilo que ela realmente é, e ele muda ao longo da vida. Ele normalmente é composto por três palavras na língua antiga.
Não vou entrar em muitos detalhes da história em si, só que ninguém nasce sabendo seu próprio nome, e, pelo que eu pude perceber ao longo dos livros, é mais fácil descobrir o nome dos outros do que o seu próprio. O vilão da série costuma descobrir o de todos que ele quer controlar, às vezes antes que a própria pessoa saiba.
Eu imagino que essa dificuldade para se encontrar seu nome verdadeiro se deva a inúmeros fatores. O maior dele é que, muitas vezes, nós nos iludimos em relação a nós mesmos, criamos uma imagem própria deturpada, acreditando que o que fazemos, que o que nos move é sempre nobre e certo. Para tanto, escondemos de nós alguns fatos, algumas lembranças, que mesmo sem o nosso conhecimento consciente influem sobre nós (isso nos remete a psicanálise também).
É preciso muita humildade para aceitar nossos maiores e piores defeitos, e assim se conhecer realmente. Isso me faz pensar que alguns “nomes verdadeiros” talvez não sejam feitos para serem descobertos. Pois, para enxergar além da nossa auto-imposta cegueira, ocorre em nós uma mudança em parte de quem somos, e uma mudança do tal nome, por consequência.
Claro, é possível descobrir sozinho quem se é, mas para tanto é preciso um autoconhecimento, além de uma auto-análise. Não sei se um dia vou me conhecer plenamente, mas espero que sim! Daí, quem sabe, eu conto para vocês!

terça-feira, 21 de julho de 2009

Repertório

Ou você tem, ou você não tem!
Será mesmo?

Eu tenho minhas dúvidas... Bom, em primeiro lugar, o que é repertório?
No meio musical, é o número de músicas que um cantor possui ou canta. Alias, este é o sentido mais utilizado. Já nos estudos da comunicação, repertório é todo conhecimento que você tem e utiliza. Vou exemplificar ao longo do post, grifando todo trecho em que eu utilizar parte do meu repertório.
Porém, existem controvérsias sobre o tipo de repertório que é realmente bom ou útil, e é isso que eu vim questionar.

Um professor de Jornalismo Básico veio com este tema no final do semestre passado. Ele reservou a aula para tentarmos fazer, em grupo, o teste de admissão de um jornal famoso aqui de São Paulo, eu não consigo lembrar se era a Folha ou o Estado, mas não vem ao caso. O teste era feito de questões de múltipla escolha, sobre temas atuais, incluindo economia, política e detalhes de temas que estamparam manchetes, além de história do Brasil e do Mundo. Até aqui é compreensível, é importante sabermos quem é o Ministro da Fazenda (o que, na verdade, eu não sei), ou quem foi Antônio Conselheiro, para fazermos nossas matérias.
Mas chegou o momento em que era perguntado quem eram Umberto Eco, Miles Davis, dentre outros... Umberto Eco era fácil, vai! Ele é um teórico de comunicação, além de escritor de ficção. Seu livro mais famoso é O Nome da Rosa. Mas, Miles Davis era difícil! Nós demos a sorte de ter lido um perfil sobre ele, mas não sei se alguém do grupo saberia se não fosse por ele! Eu não saberia!
Obs: Curiosidade, ele é um trompetista de jazz, consagrado após a Segunda Guerra.
Voltando a tema, Miles Davis foi um exemplo de um tipo de repertório imposto. Quer dizer que agora para trabalhar em jornais, eu preciso ser ouvinte de jazz? Por que jazz? Por que não perguntar quem é Dorival Caymmi? Ou perguntar quem era Jimmy Hendrix? Eu respondo o porquê, jazz é cult.
Cult é todo repertório considerado ideal pela elite intelectual. Seu antônimo é a famigerada cultura de massas, considerada uma heresia extrema pelos meios acadêmicos! Ou seja, cult é tudo aquilo que a maioria das pessoas não aprecia, ou nem sabe que existe: jazz, música clássica, filosofia, filmes europeus, ópera, Beatles, Marx, e o já citado Umberto Eco, dentre outros muitos afins.
O problema óbvio é: quer dizer que só utilizando esse conhecimento é possível gerar mais conhecimento? Porque é isso que implica a palavra repertório. Eu acho que não. Eu acho isso tamanho preconceito, que até me enfurece! A verdade é que eu posso tirar até material de pesquisa até de um funk, se o que eu procuro e a representação das comunidades de favelas cariocas, por exemplo. Mas será que isso seria menos válido?
Na minha humilde opinião, tudo o que lemos, ouvimos, assistimos pode e deve ser utilizado na nossa vida! Já ouviram aquele ditado “o esperto aprende com seus erros, o sábio aprende com erros dos outros”? É o que eu quero dizer! Tudo o que vivenciamos é repertório válido, e pode ser usado mais para frente!
Para aprofundar essa questão eu recomendo o filme “Quem quer ser um milionário”. É um exemplo típico de como uso de diversos conhecimentos pode ser útil!
Acho que é só isso, me alonguei demais!
Hasta la vista!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Cientificismos

Estou lendo o livro “Aula”, que é a transcrição de uma aula inaugural de Roland Barthes. Não vou entrar detalhes do que ele diz ou de suas teorias, porque isso realmente não vem ao caso aqui!
O que interessa é a conclusão a que cheguei: realmente as ciências humanas são muito (mas muuuuuuuuuito mesmo) mais complexas do que as ciências exatas, ou “da natureza”.
Agora, você deve estar pensando: “Até parece! Física é muito mais difícil que História!”. Bom, talvez os números pareçam mais complexos do que as palavras, acho que é porque são mais abstratos. Mas o colegial é enganoso nesse sentido: temos uma pequena pincelada do que se trata de humanas, e história pode ser um excelente exemplo disso:
Quando estamos na escola aprendemos que tudo na história foi daquele jeito e ponto! Na faculdade, tendo o curso simples de “História Contemporânea”, que nem é tão aprofundado, já que eu estudo jornalismo e não história em si, já descobri que existe um ramo dela chamado de historiografia, que estuda as diferentes narrativas da história. Ou seja, o que vemos no colegial é apenas uma dessas várias narrativas, e normalmente parte da teoria mais fajuta delas, a mais determinante e estereotipada.
Partindo para uma análise mais abstrata (sem exemplos), acho que o que difere os dois tipos de ciência é o objeto de estudo. De modo bem geral, as ciências exatas estudam a natureza enquanto as humanas estudam o ser humano. Acontece que é muito mais fácil estudar aquilo que não somos do que aquilo que somos, logo, é mais fácil estudar a natureza, que é o Outro, do que o ser humano que somos Nós, por mais que travestido Ele. (Nossa, que coisa confusa!)
Mas acho que essa complexidade da auto-avaliação que as ciências humanas trazem é ainda mais instigante e apaixonante! Mas isso é uma questão de opinião!

terça-feira, 7 de julho de 2009

Hipocrisia

Eu poderia dizer que eu só compro aquilo que preciso,
Ou que não me importo com o que os outros pensam de mim...
Eu poderia dizer que eu ajudo sem pensar no meu beneficio,
e que coloco outras pessoas na minha frente, em minha lista de prioridades...
Poderia dizer que escrevo para me expressar apenas,
e que não me importo se ninguém ler...

Mas eu não digo, porque seria MENTIRA!

Porém, se eu compro demais, me importo com a opinião alheia, sou egoísta e vaidosa, e sempre quero receber meus louros, isso só quer dizer que sou como muitos outros! Só não sou hipócrita, e não escondo meus defeitos!
Posso ser gastona, mas sei poupar quando a situação financeira exige.
Posso ser encanada com o que os outros pensam, mas sempre ouço a vozinha que diz "os outro que se danem!"
Posso não me sacrificar pelos outros sempre, mas faço o que está ao meu alcance para ajudar um amigo que precisa.
Posso amar comentários e querer elogios aos meus textos, mas também aceito críticas, desde que construtivas. Só peço para que, depois de beliscar, passe um pouco de gelo na ferida elogiando alguma coisa!

Eu sou assim, você é assim, todos são assim...
A pior coisa para o ser humano é fugir daquilo que ele é! Não é um conformismo, devemos tentar mudar o que não gostamos em nós, mas antes de transformar, é preciso aceitar!

terça-feira, 30 de junho de 2009

Crescer...

Desde a morte do Michael Jackson eu venho pensando na sua eterna síndrome de Peter Pan...
Minto! Na verdade, eu pensava nessa síndrome há muito tempo... Mas o MJ é uma boa introdução ao tópico!
Eu acho que a maior fonte dos problemas dele foi essa vontade de permanecer criança para sempre! Como não podia mudar para a Terra do Nunca da história, criou sua própria, não só em sítio, como em todo seu redor! Ele não amadureceu, não perdeu a ingenuidade, e pagou seu preço...
Não importam seus motivos... Eu até entendo porque ele o quis. Eu, pelo menos, também morro de medo de crescer, e conheço muitas pessoas que aparentam ter, por mais que não queiram admitir!
Sair da infância segura para a vida adulta é complexo e turbulento. Não vou contar a adolescência, porque, por mais que ela esteja aí no meio, não conta como uma transição, neste quesito, pelo menos.
Ser adulto, pelo menos para mim, significa muita coisa. Responsabilidades, contas a pagar, preocupações, complicações, dores de cabeça... Convenhamos, a expressão "quando eu era crianças tudo era mais simples" já é quase um jargão! E também não é uma verdade? Quando mais velhos ficamos, mais complicados nos tornamos. O mundo dos adultos contém convenções, meias-palavras, ritos e cuidados que soariam ridículos para as crianças! Adultos deturpam palavras e atos, querem virar tudo contra os outros, ficam com picuinhas, fofoquinhas, intriguinhas...
Mas, apesar do medo que a vida adulta traz, não consigo evitar querer mergulhar nela o mais rápido possível! É como se ela já tivesse me contaminado. Odeio ver sentido em todas essas besteiradas, mas acho que isso simplesmente é parte da natureza humana. E quem sou eu para negar aquilo que sou?
Acho que o mais complexo não é esse mundo cruel em que estou me jogando, mas a demora do processo... É como se eu não soubesse bem onde estou! Se sou adulta, trabalhando, ganhando meu dinheiro e assumindo responsabilidades... Ou se sou uma criança, vivendo com meus pais, não me preocupando com contas e outras trivialidades da vida...
Usando uma metáfora banalizada, mas perfeita para exprimir isso tudo: é como arrancar lentamente um band-aid. O processo é doloroso, mas você não vê a hora de acabar!
Não podemos fugir dos processos da vida, ou do tempo... Sempre crescemos, mudamos, aprendemos... Não importa o quanto a gente se recuse a isso...
Então que o crescimento venha!! Fazer o que?

Inércia...

Às vezes o bom mesmo é não fazer nada! Sentar, ler um livro, olhar pela janela, perder-se em pensamentos...
Como a preguiça pode ser prazerosa, mas tão viciante também!
Quem me dera poder ficar nela todo dia, toda hora...
Mas só nas férias mesmo!!!
Aiiiiiiiiiiiiii, que sono...

domingo, 21 de junho de 2009

O Diploma

Será que qualquer um pode fazer qualquer coisa? E acredito que sim!
Mas será que que qualquer um pode fazer qualquer coisa a qualquer hora? Aí já fica mais difícil!

O Supremo Tribunal Federal decidiu que qualquer um pode exercer a carreira de jornalista. Até aqui tudo está liiiiiiindo! O problema não está em democratizar uma profissão, afinal todas são democráticas, faz faculdade quem quiser! O problema está em dizer que uma profissão pode ser exercida sem o mínimo de preparação ou técnica. O problema está em opinar sem embasamento, sem uma checagem, sem uma apuração!
Aaaaaaaah! Mas apurar não é importante para esses oito ministros... Não importa se a maioria das pessoas acha que jornalismo é ouvir apenas uma fonte, aceitar o que ela diz sem checar, escrever tudo de um jeito bonitinho, não importa se existem mais versões!
Afinal o jornalismo está tão próximo da literatura, não é? Para que ter uma técnica? Para que discutir a ética da profissão na faculdade? Nós, jornalistas, não mexemos com nada demais, mesmo... Basta jogar algo verossímil, uma histórinha literária, e pronto, tem uma reportagem! Afinal jornalismo é uma arte, uma enrolação, uma ficção!
O problema é quem que recebe a informação todo dia não sabe disso, e pode achar que o que estará escrito é verdade...

Quem puder, defina a diferença entre notícia e reportagem... A não ser que não ache isso importante para ser jornalista!

Acho que o próximo passo será deixar açougueiros virarem médicos...

sábado, 13 de junho de 2009

Referências

Já que falei do Machado de Assis post passado, por que não continuar, né?
Eu estava lendo um conto dele chamado "O Espelho", e o achei super legal. Com o significativo subtítulo: “Esboço de uma nova teoria da alma humana”, a personagem principal, Jacobina, discorre sobre a existência de duas almas, uma externa, que é algum objeto, pessoa, gosto ou local, e uma interna, que não fica exatamente clara.
Não quero entrar em análises sobre o conto, não sou nenhuma literata para fazê-lo, muito menos especialista na literatura machadiana. Meu intuito é sim comentar um pouco sobre essa tal “alma externa”, que me chamou muitíssimo a atenção.
Na hora em que li sobre ela, primeiro numa análise sobre o livro Dom Casmurro e depois no próprio conto, pensei como essa referência externa é importante e real no nosso cotidiano! De quais formas?
Numa reflexão inicial, acho que através do que os outros pensam. Nós estamos sempre preocupados com a opinião alheia, seja a de pessoas próximas, seja a de desconhecidos mesmos. Isso não seria uma referência, uma forma da gente se portar e se posicionar no mundo? O quando que o pensamento dos outros se reflete naquilo que somos? Acredito que muito, pelo menos em algumas pessoas.
Indo mais profundamente, eu passo a me lembrar como os nossos gostos dizem bastante sobre nós. Sem cair em esteriótipos, claro! É fácil conhecer um pouco de uma pessoa através dos filmes que ela viu, livros que leu, músicas que gosta... E também pelas coisas que odeia! Quartos, mochilas, bolsas, orkuts, escrivaninhas... Tudo isso fala mais do que mil auto-descrições!
Não só os gostos e objetos, como as próprias pessoas com quem você convive. Não no sentido “Diga-me com quem andas, e eu te direi quem és”. Mas no caso de que cada pessoas que conhecemos mudar algo em nós! Seja através de experiências, seja através do jeito dela!
Acho que somos a soma de tudo que está fora e dentro de nós! E é nesse sentido que eu vejo a divisão entre alma exterior e interior. Não como algo bom, ou ruim, apenas com a realidade do que somos.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Pelos em Ovos

"O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum."
Alberto Caeiro

Para quem desconhece, Alberto Caeiro é um dos heterônimos criados por Fernando Pessoa. Ele é considerado o mestre de todos os outros, e prega uma filosofia paradoxal, a de viver sem filosofia alguma. Ele acredita que as pessoas procuram profundidade e metafísica onde ela não existe, o que podemos traduzir na expressão "buscar pelos em ovos".
Agora, pode parecer paradoxal um blog de Caraminholas, ou seja, de profunda reflexão, citar alguém tão desapegado como Caeiro. Devo confessar que, apesar de ser uma pessoa muito questionadora, eu sou apaixonada pela filosofia dele, talvez justamente por admirar alguém que consiga pensar dessa forma, porque eu não consigo! Hahahaha! Ou talvez seja uma forma de eu encontrar equilíbrio nas minhas filosofias, por que não?
Mas uma coisa é certa, as vezes as pessoas buscam explicações profundas onde não existem. Vou usar em exemplo de hoje mesmo! Na aula de português da faculdade estávamos falando de Machado de Assis, mais especificamente do livro Dom Casmurro. Quem já estudou esse livro para vestibular saberá bem: não há maior profusão de teorias malucas do que nos na fortuna crítica deste livro! Na verdade, de tanto debater isso a gente até começa a encontrar coisas bizarras no meio! Eu mesma soltei uma teoria que depois fiquei me perguntando de onde tirei!!! Hahahaha!
Como eu dizia, as teorias são muitas, afinal é uma narrativa cheia de detalhes, e Bentinho não é nem um pouco confiável. Mas será que TODOS os detalhes foram realmente pensados por Machado de Assis? Será que não tem um pouco de viagem dos críticos, não?
Até acredito em coisas como a relação com a peça Otelo de Shakespeare, e toda aquela coisa do ciúme. Mas convenhamos, para pensar em metade do que as pessoas atribuem à ele, ele demoraria milênios escrevendo o livro e teria terminado doido!
Falam por exemplo que, em alguns momentos, Capitu representa o Brasil e Bentinho o imperador D. Pedro II. Fala sério, "aeeeee, que forçaaaaado!!!". Hahahaha!
Enfim, é legal "viajar" nos pensamentos, mas me pergunto até que ponto isso é útil para estudos acadêmicos! Hipóteses são o máximo, eu adoro, mas será que não deveríamos nos segurar um pouco?
Não é uma crítica, só uma reflexão mesmo!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Invenção!

Seria legal se houve um chip que gravasse nossos pensamentos. Imaginem só: cada ideia, solução, inspiração, ficaria gravada nesse chip, e daí poderíamos acessá-las ao nosso bel-prazer! Ia ser o máximo!
Indo mais além: você poderia criar uma pasta, e até montar textos na hora. Por exemplo, eu penso comigo "caraminhola" e daí se abre esse arquivo. Então, eu começo a pensar num texto, e ele fica gravado! Finalmente eu penso "fim da caraminhola" e o arquivo fecha!! Olha que perfeito!
Depois é só passar pro computador, editar e postar!!! Tchan-ran!!! Meus problemas acabaram!!!
E daí eu acordo!!! Hahahahaha
É claro que esse projeto teria mil desvantagens, e seria bem difícil de criar...
Mas tudo bem, porque sonhar é muito bom!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Sobre limões e limonadas...

Existe uma frase célebre, que sempre me faz lembrar de filmes americanos: "Se a vida lhe der limões: faça uma limonada". Acho que é porque ela me traz à mente a imagem daquelas crianças dos Estados Unidos que montam barraquinhas de limonada no jardim de casa.
De qualquer forma, há pouco tempo entendi o real significado dela, que sempre me passou despercebido por algum mistério de minha mente. Ele é: fazer de algo azedo da vida (os limões) uma coisa mais doce (a limonada). Captaram? Hahahaha! Bom, talvez eu seja um pouco lerda por não ter percebido isso antes, me desculpem se esse segundo parágrafo foi óbvio, mas prometo que vai melhorar (pelo menos do meu ponto de vista!).
Certo, mas e daí?
Apesar de conformista, acho essa máxima verdadeira. Realmente, há coisas ruins da vida que nós não podemos reverter diretamente, e isso te deixa com duas opções: a) sentar e chorar ou b) rever as coisas ao nosso favor! E porque não tomar uma limonada gelada, quando não há mais o que fazer com esses limões?
Bom, é claro que falar é muuuuuito mais fácil do que fazer. Na vida real nem sempre temos aquele lampejo salvador. Mas há como dar um primeiro passo na direção da virada de jogo: o humor! Leia-se: BOM humor!
Yes, cheguei onde eu queria, finalmente. Uma coisa que eu não me conformo, é como algumas pessoas conseguem encarar a vida tão a sério! Não que elas não sejam bem-humoradas. Mas eu acredito que rir dos problemas é uma forma de diminuí-los, de cortar algumas cabeças desse monstro! E não só quando a vida dá limões, mas também quando ela dá balinhas e docinhos!
Falo com conhecimento de causa quando afirmo que se levar a sério não é nada saudável! Temos de rir de nós mesmos, e saber ser um pouco irresponsáveis, e até mesmo politicamente incorretos, às vezes. Por que não?
Outro dia, por exemplo, eu recebi um e-mail intitulado "manias de pobre". E aposto que um desses certinhos já dirá: "aiii, que preconceito, por que é de POBRE?". Mas termine de ler antes, ok? E o mais legal do e-mail não era ler as manias, e sim se reconhecer em várias delas! Eu ri demais falando: "eu faço isso, que pobreza, dona Nathy!!!". Por exemplo: eu corro atrás de ônibus que acaba de sair do ponto, e fecho embalagens com pregador!
Sabe, nem tudo que passa na TV é uma conspiração para enganar a pobrezinha da massa! E nem toda piada é apenas depreciativa! Eu mesma adoooooooooro uma piada de loira, mesmo tendo o cabelo mais claro! E quando demoro a entender algo, até dou o lembrete: "não repara, é que eu sou loira!". Hahahaha!
Saber rir é essencial, ainda mais se for de si mesmo. Faz bem para o coração, para a respiração, previne rugas e move mais músculos do que o choro! Mas cada um tem seu limite, só se deve rir dessas piadas se elas o fazem se sentir bem, é claro! Mas faça esse exercício, tente ver a graça oculta sob as coisas. E depois me conta, tá?

segunda-feira, 25 de maio de 2009

O Ordinário e o Extraordinário

Dentre de cada pessoas existe um universo, um mundo próprio, interior. E ele faz com a pessoa atue de forma diferente no mundo exterior, o modifique de diferentes maneiras. Esse mundo interior não é determinado apenas pelas coisas grandes como a profissão ou a religião, nem pelas coisas pequenas, como a caligrafia ou a cor de sua blusa. Estas são manifestações deste algo maior que é a essência da pessoa. Por isso que, por mais ordinária (no sentido de comum), guarda dentro de si algo extraordinário!
Faço esse post por N motivos. Primeiro por causa de um perfil que estou fazendo para a faculdade. Além das milhares de condições do meu professor, o pré-requisito básico é ser interessante. Bateu um desespero, onde eu vou arrumar uma pessoa que além de tudo seja interessante? Mas acho que hoje eu entendi! Por tudo que eu escrevi acima, toda pessoa e história de vida pode despertar interesse, basta esta pessoa nos deixar ver, mesmo que apenas em um vislumbre, toda a sua intensidade. Isso não é fácil, e é o dever de quem escreve um bom perfil.
Mas acho que o motivo principal é porque vi hoje no ônibus (lotado, diga-se de passagem) algo que me impressionou: um homem com metade do corpo paralisado, lotado de problemas, e ainda sim entrando para pedir dinheiro as pessoas. Como ele não pode passar por baixo da catraca para não pagar, ele passa sua sacolinha com dinheiro para comprar as coisas. Na hora eu cheguei a pensar "Que loucura! Com esse ônibus lotado alguém pode tirar dinheiro ao invés de colocar e ele nunca vai saber"! Mas depois de ouvir a história deste homem, não há como ter coragem para roubá-lo: um dia, voltando do trabalho três jovens o assaltaram e espancaram com paus. Além da paralisia, ele também ficou cego, e é epilético. E tem forças para continuar a viver!
Eu não tenho em palavras para descrever a aparência deste homem, era realmente feio de se ver, e conto isso com muita vergonha de mim mesma. A voz meio estridente, as roupas podres. Mas, ao ouvir a sua história, pude ver nele uma pessoa realmente batalhadora, magnífica. Não pude retribuir com dinheiro a mudança interna que ele me causou hoje. Uma pena... Mas a vida é assim...

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Ideias!

Hoje eu estava tento uma aula sobre o conceito de ideologia, e o professor citou uma curiosidade que eu achei super legal: o termo ideologia, no século XVIII, era usado para designar uma ciência das ideias! Essa ciência visava estudar de onde tiramos nossas ideias, por que elas aparecem em determinados momentos e em outros não (inspiração). O único problema é que seus estudiosos, os ideólogos, buscavam uma base biológica para os pensamentos, e suas teorias eram tão abstratas, que a palavra ideologia passa a ser pejorativa.
Mais tarde Marx mudou toda a definição, mas não é isso que conta aqui! Essa discussão é muito extensa e não sou eu que vou dar conta, tendo apenas uma aula na bagagem!
Na verdade o meu foco nesse post é essa ciência. Eu reparei como as questões que eles fazem são instigantes, e ao mesmo tempo, ninguém quase pensa nisso hoje! Eu mesma não tinha caraminholado sobre isso ainda! Apesar de ter chegado perto em alguns textos aqui!
Ideias são realmente engraçadas, quase voláteis. Às vezes elas se fazem óbvias para nós, mas também podem ser simplesmente escorregadias! Algumas vezes aparecem como estalos, e somem mais rápido ainda! Por que isso acontece? Por que elas não podem simplesmente aparecer enquanto ainda precisamos delas?
Parece que as ideias têm personalidade e vontade própria: vão e voltam em nossa mente quando bem entendem! Na verdade, eu consigo visualizá-las como uma dessas divas temperamentais, que só fazem o que querem e quando querem!
É uma questão boa, mas ninguém ainda teve uma inspiração para respondê-la! Bom, a gente continua tentando!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Autocrítica

Alguns dizem que pessoas são como o vinho: só melhoram com o tempo! Não vou entrar em juízo de valor, dizendo que está melhor ou pior, mas que a gente muda e aprende coisas novas, aaaah, isso é verdade...
Comecei a pensar nisso hoje porque estava xeretando meu blog mais antigo! Sim, aquele que saiu do ar no blig por motivos além da minha compreensão! Não pude deixar de pensar hoje: “graças a Deus que o tiraram do ar!”.
O motivo dessa mudança súbita de opinião (afinal, eu sempre tive orgulho dos meus textos e do meu blog), foi ler atentamente o que estava escrito lá. Claro, eu ainda acho as minhas ideias ótimas (modéstia a parte), mas a forma de escrevê-las me deixou envergonhada. Primeiro os erros de digitação, que às vezes ainda cometo mesmo aqui! Mas principalmente erros de grafia e acentuação, excessos de pontuação, que antes eu simplesmente não notava. E pior ainda, a temida e repudiada REPETIÇÃO DE PALAVRAS!
O que posso dizer em minha defesa é que eu era uma garota nova (comecei aquele blog aos 13 anos) e não tinha toda a experiência e vivência de escrita que eu tenho hoje, mesmo esse tipo de erro sendo imperdoável com a minha carga de leituras. Eu também costumava a escrever de impulso, quase uma descarga mental, e eu escrevia como eu falava, usando inclusive expressões como “tá”, “tô”... Além disso, hoje eu estou no segundo ano de Jornalismo, é normal que eu fique mais rígida com regras gramaticais e pontuação exagerada (além de ter sido “podada” em quase todo o estilo intimista e pessoal, que eu pratico aqui justamente para não perder para sempre).
Mas o que eu acho legal nisso tudo é usar a minha experiência para mostrar como podemos ser arrogantes em relação a nós mesmos. O que mais me doeu foi encontrar erros que mesma aponto e desprezo nos textos dos outros. Coisas primárias mesmo. E isso me fez pensar se essas pessoas não o fazem pelos mesmos motivos que eu fazia, e se eu não deveria olhar primeiro para os meus defeitos, e corrigi-los, antes de desdenhar o dos outros.
Talvez eu nunca deixe de julgar as pessoas. É algo que fazemos sem pensar. Mas, se eu perceber o que estiver fazendo, vou tentar abaixar a cabeça e me recolher a minha insignificância.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Rascunhos...

Como eu já comentei sobre as linhas de pensamento, por que não falar da sua tradução: a escrita?
Por ser uma futura jornalista, eu tenho uma boa experiência de caso nesse aspecto, não existe coisa mais difícil do que passar para o papel (ou tela) o que viaja por esta cabecinha aqui! Mas, como sempre, só posso falar de mim mesma, não é?
Acho que o mais complicado é escrever para os outros. Isso requer revisão, leituras infinitas... O que eu não faço muito aqui no blog, devo confessar... Mas é porque já faço isso demais para as coisas da faculdade... Porém admito que um texto sem revisão é terrível para ser lido! A questão é que ao se escolher as palavras certas, nem sempre elas soarão da mesma forma para diferentes pessoas. Então, às vezes quando você está lendo o que você mesmo escreveu, o texto faz todo o sentido, mas quando outra pessoas vai ler, ela não entende quase nada, caspice?
A escolha das palavras é um outro obstáculo. Primeiro para evitar a repetição, mas eu não acho que precise explicar isso aqui. Além do que, as palavras são um tanto... (Droga, eu esqueci o adjetivo!)... Elas são um tanto escorregadias! (Isso!!!) Muitas vezes a perfeita para expressar sua ideia simplesmente não aparece! E também é preciso lembrar que esses sons nem sempre dão conta de expressar tudo que se passa em nossa mente.
Roubando a ideia dos poetas parnasianistas: escrever é um trabalho tão metódico quanto o de um artesão. Escolher os elementos, as palavras, pontuações, e saber onde colocá-las é como incrustrar pedras em uma jóia, é preciso saber o limite entre o belo e inteligível, e o exagerado.
É muito difícil, mas a gente tenta, né? E só a prática leva à perfeição!

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Estive pensando...

A mente é quase um turbilhão! Pelo menos esse é o caso da minha, não posso falar da dos outros... Uma idéia leva a outra e quando você vê: Voilà! já mudou de assunto!
Eu gosto de ficar "observando" essas coisas. É engraçado como a mente é associativa. Já tentaram fazer aquele jogo de falar palavras relacionadas? Uma pessoa fala uma palavra e a próxima tem que dizer outra ligada a anterior, sem repetir nenhuma. Você pode começar com bolo e terminar com cor-de-laranja, e para tanto seguir os mais diferentes caminhos.
Conversas são a prova cabal disso! Uma boa conversa, daquelas em que você sai até de bom humor, funciona assim também! E quando você vê, nem se lembra qual foi o assunto inicial!
Essa é uma experiência que eu tenho constantemente aqui no blog. Muitas vezes eu estou escrevendo e começo a pensar em mil coisas diferentes para falar, sobre o mesmo assunto. Daí eu tenho que parar, respirar, e conter a "diarréia mental". Se bem que, as vezes, é bom deixar sua mente simplesmente fluir, escrever o que dá na telha, sem edições. Já não basta a contenção que fazemos tenho que fazer ao escrever coisas jornalísticas. Mas essa questão fica para outro post!
De qualquer forma, só ao escrever este texto, eu já arquivei outras duas caraminholas diferentes para serem desenvolvidas mais pra frente! Isso que é fertilidade mental! Hahahaha
É divertido também ver as novas linhas de pensamento que se formam ao revisitar um tema. Quantos caminhos novos se abrem a nossa frente! Coisas que não pensamos da última vez por milhares de motivos, diferentes vivências!!!
"Penso, logo existo"*, já dizia o filósofo... Se for assim, eu tenho certeza absoluta que eu existo, já que não paro de pensar hahahahaha! Se você duvida, é só continuar lendo os outros posts... E pode duvidar sim, pois isso é sinal que você existe também =)

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*A frase original é "Cogito, ergo sum", e uma outra tradução poderia ser: "Duvido, logo existo"

segunda-feira, 27 de abril de 2009

É música para meus ouvidos!

Dizem que músicas acalmam até as mais bravas feras, só que isso eu não sei dizer. Só sei que a música tem um certo poder sobre as feras humanas! Aaaaaaah, isso ela tem!
Alias, já repararam como a palavra tem uma conotação de prazer? O título deste post é um bom exemplo disso! Uma frase dita ao se ouvir algo que muito se quer.
Uma vez eu estava pesquisando a história da música, para apresentar em um trabalho de tema livre no inglês, mas era tudo tão complexo e detalhado que desisti na hora: não daria para explicar. Eu acho que a origem da música, assim como da fala, foi algo da necessidade humana. E mais tarde sua evolução foi exatamente essa. Usada primeiramente para contar histórias, já que facilitava a memorização dos longos enredos, até hoje a música cumpre essa função, só que não mais conta as aventuras de um povo, e sim de indivíduos, de sentimentos...
E é incrível como elas conseguem expressar isso bem. Palavras e sons, letras e notas, que unidas podem ser mais ilustrativas que imagens! E de uma forma que talvez sozinhas elas não conseguiriam explicar. E, parando para pensar, letra e música se traduzem bem separadas, existem poemas e melodias que trazem mensagens tão belas e profundas, e por vezes tão fortes quanto a sua união. Mas esse casamento torna tudo mais intenso, a mensagem mais explicita, quase redundante.
Sinceramente, eu acho um pouquinho de hipocrisia dizer que se ouve música "só pela letra". Que me perdoem os que têm essa opinião, mas até o mais belo poema seria indigesto se acompanhado da melodia errada. E a reciproca também é verdadeira: já ouviram aquela música "We Just Don't Care"? Não me lembro agora quem canta, mas a melodia dela é L-I-N-D-A. Contudo, no dia em que li a letra, eu perdi completamente a vontade de ouvi-la. O autor era muito exibicionista para o meu gosto.
Enfim, eu adoro música, e tenho certeza que outros milhares de pessoas também. Músicas já me ajudaram a compreender e os outros, e mais importante ainda, a compreender a mim mesma.

Ouvindo: Richard Clayderman - The Phantom of The Opera =D

terça-feira, 21 de abril de 2009

(Im)Paciência

É engraçado como nós humanos podemos ser inconstantes. As vezes falta humor pra fazer algo diferente, ou para ler alguma coisa, e isso faz com que vejamos as coisas ao nosso redor com outros olhos!
Eu até aceito aquilo que os e-mails de "auto-ajuda" adoram difundir: "você é quem faz seu dia", "se a vida lhe dá limões, faça uma limonada"... Mas tem vezes que não dá para engolir essas lenga-lengas. Eu sei que ninguém é obrigado a aturar mau-humor de ninguém, nem eu gosto que os outros tenham que me aguentar num desses dias, mas eu também acho que guardar demais sentimentos e sensações é pior ainda.
Antes ser um chato do que ser reprimido! Depois fica com câncer e diz que nasceu sem sorte.
A verdade é que as fachadas sociais são muito necessárias, mas cansativas. É por isso que às vezes as pessoas querem ficar sozinhas: já que elas não podem revelar o seu pior em público, que pelo menos possam fazê-lo na intimidade.
De qualquer forma, acho que a paciência é uma das maiores virtudes do mundo, mas acho que ela não dura para sempre. Eu me considero uma pessoa paciente, mas tem horas em que eu não aguento ver pessoas batendo sempre na mesma tecla, ouvi-las reclamarem das mesmas coisas, algo que eu não exemplificarei aqui porque é sacanagem.

Mas será que isso faz de mim uma pessoa ruim? Intolerante? Eu acho que isso só me faz uma pessoa comum...

P.S.: Eu não estou escrevendo esse post baseado em algum acontecimento recente. Na verdade eu estava lendo uns e-mails, e percebi que algumas vezes eu simplesmente perco a paciência com esses que têm mensagens belas, mas que no fundo são todas iguais! Só que comecei a pensar nessas coisas e a revolta começou a crescer dentro de mim! Hahahahaha.
P.P.S.: Eu não sumi esse tempo todo por estar brava com a falta de comentários! Hahahahaha!!! É que começaram provas e trabalhos na faculdade, dai fiquei sem tempo mesmo, infelizmente as Caraminholas são um hobby, e não uma ocupação de tempo integral.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Ai ai....

Decidi que pela falta de retorno do público (ou seja, comentários) vou deletar este blog...


























1º de Abril!!!!

Apesar de às vezes dar vontade mesmo! Mas o prazer de caraminholar supera o lapso de interesse das pessoas! Fazer o que?
O próximo post que é o oficial do dia!
Beijos

A Mentira

A mentira faz parte do ser humano. Porém, está listada entre muitas das ações fora da ética da maioria das sociedades! Por que mentir é tão feio, afinal?
De acordo com o Wiktionary mentir é: "dizer ser verdadeiro que se sabe ser falso; negar o que sabe ser verdade; enganar". Aqui esbarramos em um problema mais grave: se a mentira é o oposto da verdade, o que é a verdade?
Eu acredito que a verdade seja algo subjetivo. Muitas vezes eu posso fazer uma interpretação errada de uma ação, mas apesar do meu julgamento não condizer com a realidade, para mim ele é verdadeiro. Além do que, a verdade tem muitos lados, então não pode ser definida. Mas eu não vou entrar neste mérito aqui e agora.
Outro ponto é que, apesar desse código de ética social, a boa educação muitas vezes clama pela chamada "mentira social". Como assim? Vamos usar um exemplo:

Aquele "amigo" chato te convida para fazer algo, e você não está muito afim, o que você faz?
a) Diz na lata que não gosta dele;
b) Inventa uma doença, um compromisso ou qualquer outra coisa para não magoar a pessoa.

Quem disser que respondeu a letra A ou é muito hipócrita, ou muito ingênuo ou sofre de hiper-sinceridade e é um excluído social.
Às vezes, para viver bem com os outros é preciso engolir alguns sapos e saber omitir algumas opiniões. Uma dica para os homens, na maioria das vezes, quando uma mulher pergunta como está a roupa, ela quer ouvir que está bonita, no mínimo. SE você realmente gostar dela, meu caro, diga o que ela quer ouvir, pelo menos na primeira vez!
Muitas vezes a verdade é dura demais para ser ouvida, enquanto a mentira é uma doce ilusão. É claro que o melhor é sabermos o que realmente se passa dentro do outro, mas outras vezes, é melhor nem imaginar.
Agora, se a mentira pode trazer consequências piores que a verdade, então deve mesmo ser evitada. Aquela mentirinha por educação não faz mal, mas se pensarmos no terceiro sentido da palavra, enganar, ela se torna a pior de todas as coisas.
Acho que por hoje isso é tudo!
Mas ainda há muito que se refletir sobre as mentiras humanas!

sábado, 28 de março de 2009

Teorias!

O senso-comum despreza a teoria. Ninguém gosta de matérias muito teóricas, e se gosta nem sempre admite. Mas elas são importantes. Em primeiro lugar porque, como dizia meu professor de Sociologia, elas orientam nosso olhar pelas coisas. E também porque a maioria do que pensamos é teórico! Não há escapatória! Muahahahahahaha!!!
Todo pensamento humano começou pela simplificação e abstração. Se prestarmos atenção, veremos que não existe na natureza uma linha reta, ou uma circunferência perfeita, apenas o ser humano foi capaz de criá-las. No mundo só há formas que nos lembram essas figuras.
Assim como da simplificação nasce a geometria, eu acredito que qualquer outra teoria também seja reducionista! Partindo para a economia, por exemplo: todas as suas teorias são formuladas em um mercado ideal. Ou na física, em que nós sempre desprezamos a resistência do ar!
Mas as pessoas esquecem um pouco disso nas ciências sociais (ou seja, as que estudam o ser humano e as sociedades). Vemos muita gente acreditando que uma teoria explica piamente a sociedade e seus hábitos. Daí veio a inspiração de post.
O professor da faculdade estava explicando uma teoria social (Bourdieu, no caso) e com os exemplos dele, tudo fazia um sentido perfeito! Mas conforme eu tentava aplicar alguns dos conceitos a minha vida, eu me atrapalhava inteira e não entendia mais nada. Mas, como o meu próprio professor enfatizou, existem sempre as exceções a essas regrinhas, e aí que entra todo meu raciocínio caraminhólico de hoje!
Se ao analisar no outro a teoria é tão perfeita, a exceção vem da análise em nós mesmos! Tudo bem, isso foi só um silogismo:


Teoria perfeita para o "Outro"
+
Existem exceções
+
Não a entendemos em nós mesmos
=
O "Eu" é a exceção!!!!


Bingo!
Maaaaaas.... Espera só um pouquinho! Por quê? Por que "eu" é a exceção? (Digressão mode on: o Aristóteles deveria ter pensado que silogismo não são tão óbvios assim!)
Felizmente para quem ficou com a pulguinha atrás da orelha, eu pensei nisso também.
(
Aviso: a teoria toca em questões polêmicas, com diversas opinões. Mas esse blog é aberto a outras ideias, afinal quando digo que teorias são passiveis de erro, eu incluo a minha!)
Como eu já devo ter dito aqui anteriormente, a visão do mundo que temos é limitada. E a nossa visão do outro também o é! Agora, apesar de não conhecermos totalmente a profundidade de nosso "eu", sabemos que somos muito mais complexos do que os outros nos vêem! E sabemos que qualquer teoria é uma redução perto do tamanho de nossa essência, psique, ego (como você preferir chamar!)...
Mas não é por isso que devemos parar de teorizar! Alias, questionar e tentar achar respostas é inerente ao ser humano, tanto que começamos a fazer isso sozinhos, duvido que alguém simplesmente consiga nos fazer parar!
E você? Qual a sua teoria?

terça-feira, 24 de março de 2009

Filmes Literários e Livros Cinematográficos

Ultimamente, se você reparar nos créditos de filmes, irá nota sempre a nota "Based on the novel..." ¹. Não sei o que acontece em Hollywood ultimamente, mas a maioria dos roteiros de blockbusters são adaptações e livros. Exemplos como Harry Potter, Marley & Eu e Crepúsculo são apenas a ponta de um iceberg capaz de derrubar qualquer Titanic. Mas sem colocar em questão a falta de roteiros originais, mexer com adaptações de histórias já escritas é perigoso.
Primeiro porque cinema e literatura possuem linguagens e recursos diferentes. Enquanto o livro abusa da descrição para suprir a ausência de imagens e sons, o filme pode usar e abusar do colorido e ruidoso. Porém o livro tem a vantagem do "monólogo interior” ² ou do "narrador onisciente" ³ o que permite explorar a mente de cada personagem, algo que os filmes nem sempre conseguem.
Outra questão é que dependendo do livro, a história traz de brinde uma legião de fãs. Se por um lado eles são audiência confiável na estréia, por outro eles formam um público exigente, que já conhece a trama e espera, portanto um trabalho exemplar. Sem contar os fãs lunáticos que querem que o filme conte 'tintim por tintim' o que o livro minuciosamente narra em páginas a fio.
Um outro problema grave é saber se um livro ou conto rende um longa-metragem. Já vi dois problemas do tipo, um pendendo para cada extremo. O primeiro foi com uma adaptação de um conto de Stephen King, “Montado na Bala”, que era pequeno demais para render um filme de uma hora e meia. Resultado: o roteirista teve que ‘encher linguiça’, o que transformou uma história coesa em uma enrolação sem limites. O exemplo oposto poderia ser os filmes do Harry Potter. Ao longo do tempo os livros se tornam cada vez maiores, o que dificulta a síntese em pouco menos de duas horas e meia. Um dos problemas disso é que algumas explicações sobre a trama ficam falhas. Para compensar isso no final, o último filme será dividido em dois.
Nem toda adaptação é ruim se modificar pontos da trama. Como o filme Stardust, ele é completamente diferente do livro quanto ao desfecho. Não vou entrar em detalhes para não estragar a leitura de ninguém, mas contar a minha experiência. Antes desse filme eu costumava dizer que o livro sempre é melhor que o filme. Mas tive que engolir o que eu disse! Vi o filme primeiro, e quando terminei o livro me deu quase um drama existencial (ignorem os exageros!!!). Porque eu havia gostado dos dois, de maneiras diferentes, afinal eles tem tratamentos diferentes.
Acho que o problema de uma adaptação não é ser 100% fiel ao original. Se ela se diz fiel, deve ser coerente e dar boas explicações, mesmo que isso implique mudanças na ordem dos fatos, afinal o filme também atinge os que não leram os livros. Mas se ela pretende ser livre, pode ser criativa, mas o importante é não esquecer que deve ser uma história bem contada.
Enfim, tenho certeza que cada um tem uma opinião sobre esse assunto e seus próprios relatos sobre livros e suas adaptações. Se quiserem compartilhar, é só comentar!

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¹Baseado no Romance
²Recurso em que o narrador em primeira pessoa relata o que pensa
³O narrador que sabe tudo o que se passa na mente das personagens, além do passado, presente e futuro delas.

domingo, 22 de março de 2009

A Aparência é Essencial

Desde os primórdios da filosofia o ser humano distingue a aparência da essência. Enquanto a primeira é a imagem exterior, o que os outros veem, a última é aquilo que de mais profundo somos, nosso ego, psique, ou como você quiser chamar.
Começa, mais tarde, uma clara oposição entre ambas, de que apenas a essência importa, e o parecemos ser não é nada comparado ao que somos. Mas será que a aparência não é assim tão importante?
Acho que a minha pergunta realmente é: somente a essência passa uma mensagem? A aparência também não pode ter conteúdo? Na natureza, por exemplo, cores fortes são um indicador de que um animal ou planta é venenoso. É como se ele dissesse: "Vem, seu besta, me coma! Mas você vai morrer junto comigo!!! La la la la la la!!!".
Mas e entre os humanos?
Deixando idealismos de lado, na nossa sociedade a aparência importa, e muito! Suas roupas, gestos, tipo de cabelo, tudo o que você vê de uma pessoa é usado para julgá-la. Tudo bem, nem sempre este julgamento é correto, mas ele meio que encaixa as pessoas em categorias, como se as colocássemos em caixinhas etiquetadas. Talvez essa seja uma atitude preconceituosa, mas é útil, e por quê? Em primeiro lugar meio que sabemos o que esperar da pessoa quando a vemos. Sabemos se ela é asseada ou desleixada, se é tímida ou extrovertida. Não só as roupas, como a linguagem corporal e a maneira como a pessoa se coloca no espaço contribuem para isso.
Essa informação da aparência também é dada nas embalagens de produtos. Só que ao invés de dizerem "Cuidado, veneno", elas dizem "Olha como eu sou atrativo! Venha me consumir!".
Acho que essa questão de como algo deve parecer é muito menosprezada pelos intelectuais, mas é importante sim. Investindo na aparência certa, podemos passar a mensagem certa!
Pense nisso! ;)

quarta-feira, 18 de março de 2009

Maldades....

Hoje em dia todo mundo está com pressa. É uma correria imensa: compromissos inadiáveis, emergências mil, não se tem tempo nem para respirar. Resultado: comemos mal, dormimos mal, respiramos mal, mal conversamos com os outros, mal vemos quem está do nosso lado, mal ouvimos outras opiniões. Ou seja: vivemos mal!!!! Ou será que simplesmente não vivemos?
Com tantas coisas mal resolvidas, também ficamos mal-humorados. O stress impera. Então gastamos o dinheiro que mal ganhamos para compensar: seja em terapias, compras ou com comidas que sabemos que farão mal.
Estamos mal-acostumados! Queremos que tudo saia do nosso jeito, na hora em que precisamos. E quem nos contraria? É porque nos quer mal, não aceitamos um não como resposta. As crianças ficam mal-educadas.
Fofocamos, vivemos a vida dos outros, somos maledicentes. Falamos mal, mesmo que façamos as mesmas coisas. Mal posso acreditar no que nos tornamos: mal-amados. Vamos de mal a pior.

Estilizações à parte, as pessoas de hoje vivem de neuras, deadlines, pressa e stress. Por mais que a gente tente deixar a vida light, essas pressões nos perseguem... Construímos um mundo frenético, que talvez ninguém mais consiga mudar, ou queira. Talvez até sejamos coniventes com ele. Ou esquecemos que nem sempre as coisas foram assim.
Mas se não podemos mudar o mundo exterior, podemos cultivar alguma paz interior. Se tivermos que trabalhar a semana toda, tiremos pelo menos domingo pra descansar! Ou escolha uma parte do dia para ser sua, e esqueça tudo que não seja urgente. Pelo menos é o que eu tento fazer, quando as deadlines não se tornam verdadeiras "linhas da morte". Não dá pra ser eficiente sem dedicar um tempinho a si mesmo. Pelo menos é o que acho.

Hahahahaha.
Achou esse post um tanto "autoajuda" demais? Acho que ele é autocrítico. Não que a auto-crítica não seja um tipo de auto-ajuda. É bom para nós lembrarmos do quão absurdos podemos ser.

quarta-feira, 11 de março de 2009

The Importance of Being Someone*

Há algum tempo atrás, no post sobre Dualismos, eu comentei sobre as pessoas serem multifacetadas e não meras personagens planas nas tramas de suas próprias vidas. Apesar disso, existe muita gente que gosta de viver de estereótipos.
Hein! Como assim? Hahahahaha
Nós humanos somos muito paradoxais! E esse é apenas um dos paradoxos. Apesar de nos dizermos indivíduos, todos queremos ser parte de um grupo custe o que custar (e faço questão de continuar usando a primeira pessoa do plural neste post). Atire a primeira pedra quem nunca escondeu algum gosto ou hábito com medo "do que os outros vão pensar"!
A verdade é que por mais que proclamemos "eu sou mais eu" em alto em bom som, tudo mundo quer fazer parte de um grupo: ser aceito, respeitado e até mesmo amado. Nós somos essencialmente sociais, precisamos da comunicação com outras pessoas, e qual a melhor forma de se aproximar senão a afinidade de gostos, idéias, sentimentos e visões de mundo?
Mas convenhamos que algumas pessoas exageram! E aí vem a estereotipagem (uau! que palavrona!!!). Ou seja, você se focar numa imagem pré-estabelecida, sem abranger outros horizontes com medo da exclusão.
Por exemplo: intelectual que se preze só pode comentar o último debate da metafísica molecular e suas consequências para a sociedade capitalista moderna. Onze entre dez de suas palavras tem mais de cinco sílabas. Se ele assistir Big Brother, ou melhor, confessar que assiste, será um paria.
Em suma, eu não tenho nada contra quem se encaixa em um grupo que é estereotipado, muita gente pode acabar entrando neles por moda, mas muitos outros também realmente gostam do que dizem que gostam. Mas se é seu lado A (como nos antigos LPs), cultive também seus lados B até Z. É super legal você ter outras facetas para mostrar, ou mesmo para esconder e fazer o mistério. O ser humano é amplo demais para ser definido em apenas uma categoria! E essa é a nossa maior beleza!
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* Tradução: A importância de ser alguém.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Socorro!!!

Essa semana cheguei a uma grande conclusão, talvez a maior de minha curta vida: o inferno é aqui!!!! Não sei o que ainda estou fazendo em São Paulo?
Tudo começou quando cheguei para o trabalho na Berrini, duas horas mais cedo que a abertura da empresa. O motivo: as vagas! Os estacionamentos estão caros demais e a única forma de se conseguir parar na rua é chegando cedo. Tentei ler um livro, mas estava tão preocupada com a reunião com o chefe que não pude me concetrar. As horas se arrastaram...
Entrei no expediente distraída, e quando o
office boy veio me dar bom-dia que tenho uma taquicardia. Fiquei duas horas na sala de reuniões abafada, ouvindo como o nosso trabalho estava uma m****! Meu chefe chegou a cospir quize vezes na minha direção. Mais tarde fui almoçar no Mc Donald's. Durante o dia devo ter tomado uns três litros de café. Na saída, me assustei com quase todas as despedidas de sopetão.
Finalmente, depois de ficar presa uma hora e meia no trânsito infernal da Marginal Pinheiros, atrás de um caminhão regurgitando CO2 na minha cara (se Deus existe, ele não será aprovado na inspeção veicular), naquele calor de 30°C, tomei uma decisão: vou-me embora!
Como Pasárgada está superlotada, decidi tirar minhas férias acumuladas de dois anos e ir a um pequeno hotel-fazenda próximo de Cornélio Procópio, no Paraná com um nome propício: Fazenda Paraiso!

Continua... ou não!

terça-feira, 3 de março de 2009

Razão e Emoção!

Todo mundo que já estudou um pouco de história no colégio sabe que a razão, nos últimos séculos, tem sido o pilar da sociedade e da filosofia ocidentais! Hoje mesmo, numa aula, o professor defendia que o maior símbolo da Modernidade era o racionalismo. Mas é engraçado como os valores acadêmicos, por assim dizer, se distanciam dos valores das ruas... Já repararam que é mais "bonito" entre as pessoas se falar que se agiu com o coração e não com a cabeça?
Pessoas que são "toda coração" e seguem seus sentimentos são vistas como mais verdadeiras. Já quem segue a cabeça é pré-julgado alguém que quer levar beneficio em tudo! Tanto que quando uma pessoa está em um grande dilema o conselho que todo mundo dá é: "siga seu coração". Atire a primeira pedra quem nunca utilizou essa frase!
Quem usa a razão normalmente pondera todos os lados, analisa prós e contras, debate e escolhe aquilo que melhor lhe convir. Agora ao julgar algo com emoção, quesitos como simpatia ou antipatia e o bem-estar com as implicações da decisão são postos em cheque. É como se quem pesasse tudo apenas com a cabeça corresse o risco de trair a si mesmo.
Não estou defendendo uma ou outra forma de pensar. Eu mesma, muitas vezes, me influencio por essa visão de mundo que valoriza o sentimento. Na verdade, comecei a refletir sobre isso esses dias, e logo pensei "caraminhola a vista!". Agora me lembro que uma vez uma amiga minha estava fazendo um teste (uma coisa bem simples) para ver quem era mais racional e quem era mais sentimental. Quem obtinha o segundo resultado ficava radiante, inclusive eu mesma!
Acho que a chave da questão não está na oposição e sim na união das duas coisas. Quem pensa só pela razão ou só pela emoção está fadado a ser incompleto. Indo mais além, acho que é quase impossível para o ser humano. Nossa visão de mundo está ligada ao que sentimos (tópico que prefiro explorar em outro post). Não dá para julgar sem pensar os prós e contras lógicos e pessoais. Até mesmo o que consideramos lógico é nublado pelos nossos sentimentos, noções e impressões, algo totalmente subjetivo. Mas então... por que toda essa preocupação em ser racional ou emocional? Acho que é porque nós somos simplesmente complexos demais....

sábado, 21 de fevereiro de 2009

"Carnaval, mascarado festival, carnaval!"

Todo mundo diz que o ano só começa mesmo depois do Carnaval... E realmente esta festa funciona como uma forma de se aproveitar os últimos momentos de loucura, antes do ano começar de vez! Parece que nesse feriado a maioria das pessoas soltam todos os seus bichos, e apesar de ser uma festa tradicionalmente mascarada, todas as máscaras sociais caem. Como os bacanais da Grécia Antiga.
Não me lembro onde ouvi essa teoria, mas dizem que as sociedades, para se manterem com suas rígidas condutas de convivência, precisam de períodos de desordem regularmente. Assim, realizados os desejos mais secretos e reprimidos, a população pode voltar à sua moral sem enlouquecer. E isso é verdade! Muitos viajam para aproveitar o Carnaval, se escondem nas multidões de foliões e "liberam geral"! É por isso que o final do ano é a época em que mais nascem bebês hahahaha!! Os frutos do Carnaval!
Outra forma de se esconder está na fantasia, usando-a você não precisa revelar quem você é, e assim não dá satisfação a ninguém. O alivio do anonimato. Você pode fingir, por uma noite, ser qualquer tipo de pessoa, talvez alguém menos contido, ou menos responsável, ou mais corajoso. Assumir essa personagem real que também existe dentro de você, o seu "lado B" (como dizia uma propaganda).
E então vem a Quarta-Feira de Cinzas, um nome bem significativo. Como as cinzas que restam depois de uma chama se apagar, ou a coloração que tudo parece ter após o turbilhão de cores que o Carnaval representa... Ela é mais que o fim do feriado, é praticamente a passagem do pagão para o religioso, afinal ela marca o início da Quaresma Católica, período de purificação para a Páscoa...
Enfim, Carnaval é a época que todos temos para liberar nossos bichos e nos divertirmos! Não importa se você o passa em bailes, no sambódromo, em trios elétricos ou de formas não tradicionais. O essencial é relaxar e curtir!
Bom Carnaval!!!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Supersticiosa, eu? Imagina...

Estou inaugurando uma nova "seção" (por falta de nome melhor) aqui no blog! Com histórias ficcionais, e, se eu conseguir, engraçadas... Elas serão marcadas como Ficção e terão essa coloração roxinha para diferenciar! Espero que gostem!
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"Não me considero uma pessoa supersticiosa, não sei porque as pessoas insistem em me chamar assim! Acho que é alguma perseguição, só pode! Bom, talvez eu tenha uma ou outra mania... Mas é coisa pouca, nada que me atrapalhe! E ainda assim todos adoram implicar. Hunf!
Minhas amigas, por exemplo, não se conformam que eu não ande com espelhos na bolsa. Dizem que é indispensável para qualquer mulher. Mas e seu eu tropeçar, rolar escada a baixo e ele quebrar? Não quero ter sete anos de azar (digo, má sorte!!! Ai, bate na madeira!!! Toc Toc Toc)! Não que eu acredite nessas coisas, mas se você prevenir, por que não?
E mesmo estranhos vem me provocar! Outro dia mesmo, um daqueles "marronzinhos" do CET me parou, pediu a carteira, os documentos, viu que estava tudo certinho, mas só me deixou ir com a pergunta: "Tem certeza que esse monte de penduricalhos no retrovisor não te atrapalham?". Fiquei indignada! "Montes de penduricalhos"!? Só tenho um pé de coelho, um olho grego, sete pimentas, sete fitinhas do Senhor do Bonfim, uma figa e um terço? Nem é muita coisa, e meu carro precisa de proteção, tanto que ele nunca foi roubado.
Eu só queria que as pessoas me entendessem! Já tive muitos namoros rompidos por caras que me achavam paranóica! O último ficou revoltado porque eu nunca ia na casa dele, mas como se ele mora com um gato preto? No apartamento, as chances dele cruzar meu caminho eram imensas! Mas ele disse que o cumulo foi quando me recusei a sair com ele para comemorar seu aniversário porque era uma sexta-feira 13! Quem em sã consciência comemora algo num dia assim? Se bem que o azar foi meu, nesse dia ele foi para balada e conheceu outra moça... Mas duvido que o relacionamento dure, começando em um dia como esse...
Gostaria que as pessoas fossem mais compreensivas, mas o que posso fazer? Imagina! Eu supersticiosa? Nunquinha! Sou uma pessoa precavida, só isso!"

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Volta à Rotina!

Depois de 10 semanas de férias, tudo volta ao normal! Mas apesar de ter que acordar cedo de novo, é bom voltar às aulas! Não só por rever minhas amigas, mas também para dar uma mudada. É engraçado como mesmo de férias criamos uma espécie de rotina também, parece que nós, seres humanos, somos dependentes de uma ordem no nosso dia...
Outra coisa boa do retorno é ter um pouco mais de novidades para contar, às vezes durante as férias a gente pouco sai, ou fica naquela pasmaceira em casa, e parece que todo dia é igual ao outro. Pelo menos quando estamos trabalhando, ou estudando no meu caso, o dia sempre acaba tendo alguma história engraçada para ser contada, algum fato interessante, alguma curiosidade que a gente descobre, ou mesmo uma caraminhola que é despertada! Espero que principalmente a última opção ocorra logo, porque o principal motivo dos poucos posts em janeiro foi a minha falta de inspiração! Mas a faculdade costuma trazer bons assuntos!
Bom, acho que por hoje é só...
Beijos a todos!