Promessas de Ano Novo

Eu sempre acreditei que promessas de Ano Novo nunca são cumpridas, vocês não? Mas de qualquer forma, elas podem realmente se concretizar, dependendo da pessoa. Porém, elas são a prova de que as pessoas nunca estão satisfeitas com suas vidas e vêem na virada um ritual de passagem e de mudanças...
E aqui chego no ponto que eu queria! Todos sabem como mudanças são necessárias, eu mesma já enfatizei isso aqui no blog! Mas eu estive pensando, até que ponto podemos mudar, sem negar a nós mesmos? Será que temos mesmo essa escolha?
Porque afinal muitas pessoas pedem pra que mudemos atitudes, opiniões, modos de se ver a vida, mas ao mesmo tempo nos dizem para sempre sermos fiéis a nós mesmos, isso parece uma grande contradição quando você reflete bastante!
A filosofia oriental tem uma forma interessante de lidar com essa questão... Eles dividem o ser humano em fatores, mas aqui valem os 3 primeiros: Ke, que se refere a aparência física e a percepção; o Kū, que não tem uma definição própria, mas pode ser considerado (de forma reducionista, porém mais simples) algo como o DNA humano ou o Id da psicanálise, ou seja, a natureza humana; e finalmente o Tyū que representa a Entidade e é mais complexo ainda, que pode ser considerado o indivíduo em si!
Mas o que isso tem a ver com o assunto? Bom, enquanto a aparência e a natureza podem ser alteradas, a entidade é sempre a mesma! Por mais que mudemos nossos gostos ou a nossa mentalidade, sempre haverá a nossa essência que está além de todo o resto!
Eu gosto de concordar com a visão deles, e é legal pensar que temos algo único e perene! Portanto, não tenha medo de mudar na virada de ano... Desde que seja pra melhor!

E que 2009 seja maravilhoso =D

Então é Natal....

Pois é... Mais um ano se passou e mais um Natal bate em nossas portas! Mas parece que cada vez ele chega mais rápido, não? Mas esse é assunto de outro post!
De qualquer forma, parece que o Natal não é mais o mesmo... Em certo sentido é igual, os shoppings lotados (mesmo hoje na véspera), as casas e ruas decoradas! Mas acho que a coisa fica diferente no coração e mente das pessoas!
Tomo mundo fala que o Natal perdeu o significado e que se tornou uma festa consumista, digna do capitalismo, e eu tenho que concordar! Além disso, as pessoas não se lembram mais dos sentimentos que a data provoca: a união, a solidariedade, o amor e o perdão!
Mas talvez, e isso é o pior de tudo, o Natal esteja perdendo a graça! Por mais que ele tenha perdido o significado, antes ele era ansiado! Hoje, ele chega tão rápido que mal percebemos, e fazemos as coisas mais por tradição, sem ao certo saber o porquê! Por mais que muitas famílias ainda se reúnam com o sentido de sempre, acho que para maioria o Natal não é mais tão esperado!
Eu realmente esperava com vontade por ele quando era criança! Este ano, mal o vi chegar! E ouvi muitos casos de pessoas que passam esta data em branco, como um dia qualquer... Está ficando cada vez mais comum!
As datas são o que as pessoas fazem delas... E se continuar assim, quem sabe até quando esse feriado irá perdurar...
Bom, é isso...
Apesar de tudo, um feliz Natal para todos, com muitas alegrias e paz! Caso você acredite ou não =)

Paradoxo das Férias

Tema sugerido pela Cris, muito obrigada pela ideia!!! =D
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Hoje é o fim da minha terceira semana de férias, e muitas pessoas que eu conheço estão terminando a segunda ainda. Porém, é incrível o número de pessoas que já comentaram estarem enjoadas! Isso porque o tempo costuma voar, ainda mais nessa época.
A verdade é que muitas pessoas anseiam desesperadamente pelas férias para se cansarem em pouquíssimo tempo! Mas por quê?
A minha teoria é de que, como tudo na vida, a divisão descanso e trabalho é 8 ou 80...

Hein??

Traduzindo: Ficamos meses trabalhando demais e esperando o dia em que poderemos ficar sem fazer nada. Mas quando esse dia chega, sentimos falta de fazer alguma! Ou as pessoas passam tempo trabalhando demais ou descansando demais!
A solução? Achar o meio tempo! O obstáculo? Até parece que alguém vai fazer isso! Hahahahahaha
Esse é um problema essencialmente das pessoas. Num mundo repleto de concorrência somente os workaholics têm vez. Enquanto a frase regente das pessoas for "tempo é dinheiro", todos gastaram seus minutos e segundos trabalhando para ganhar as respectivas moedas! Isso é fato!

Mas vale lembrar que nem todo mundo pensa assim, e por dois motivos:

1º: Acostumaram-se com o ócio;
ou
2º: Preenchem o tempo com algo recreativo, mas que seja divertido. (Eu me encaixo aqui!)


Mas preencher o tempo com o que?
Ora, com muitas coisas...
Passeios: que não faltam em cidades como São Paulo, basta chamar os amigos e explorar!
Livros: mas nada que tenha a ver com seu trabalho ou faculdade! Leia um livro de suspense, romance, comédia, o que mais te agradar, mas por prazer!
Filmes: tem coisa mais divertida? Ainda mais com uma pipoca! Em casa ou no cinema! Esse item nem merece comentários!
Música: sem comentários também!
Internet: lendo os posts que você perdeu desse blog, por exemplo! Quem disse que caraminholas não são lazer? Ou mesmo o orkut! Eu mesma adoro ficar lendo debates em comunidades!
E muito mais!

Mas caso, mesmo você lendo tudo isso, ache as dicas inúteis e as férias um saco, você tem duas opções: pense em novas idéias, ou então passe esses dois meses esperando que eles acabem! Mas depois não vai reclamar que as férias demoram demais para voltar! Isso só o tornaria um grande resmungão que não sabe aproveitar ;) (Sem ofensas, tá???)

Crer é Poder!

A crença sempre foi fundamental para o ser humano. Desde o principio das sociedades, e assim, da humanidade como concebemos hoje, as pessoas buscavam e criavam algo em que acreditar, e que desse sentido ao mundo.
Primeiro acreditaram em vários deuses, depois na filosofia e no próprio ser humano, mais tarde passaram a apostar suas fichas em um único Deus e finalmente na ciência e no raciocínio humano. Hoje, cada um acredita no que quiser, voltando-se até para crenças antigas.
Mas aqui, não importa em que se acredita, mas na crença em si, e como ela move as pessoas. Não são poucos os casos daqueles que se voltam para religiões e se apegam a elas como a única salvação, e realmente afirmam que suas vidas mudaram, e para melhor, e como se tornaram novas pessoas. Sem querer desmerecer essas religiões, mas eu acho que a melhora não está em cada um em si, mas na idéia de ter algo em se apoiar, em poder dizer "eu acredito nisso, e por isso sei da minha vida". Alguns acreditam até demais, se tornam fanáticos, mas sabemos que isso é ruim, já que todo excesso é patológico.
A questão não é também o que a pessoa faz da sua crença, mas como ela se sente completa, una, iluminada. Por mais que a teoria nem sempre seja formulada por você, ao repeti-la, ao saber dentro de si que ela é a sua verdade, nada mais importa.
Eu gosto do fato de hoje as pessoas crerem em coisas tão diferentes. E se pregar que essa diversidade continue. E não só a religiosa! Os "achismos" também são crenças! E o fato de cada um criar o seu é magnífico!
Crer é o bálsamo do homem. Qualquer coisa que a gente faz, é porque acredita que é o melhor, que dará certo. A crença, e não só a religiosa, é o verdadeiro combustível do homem! E quem não a tem, não vive, apenas sobrevive...

Pelo menos, é no que eu acredito!

A Luta contra o Tempo...

Corram!!
Os anos passam e cada vez mais sua pele perde a elasticidade! Seus cabelos começam a enbranquecer.... Seu metabolismo fica leeeeeeento, e as gordurinhas aumentam...
Talvez o segredo seja não se preocupar tanto... Ou talvez seja se preocupar demais!!!
Afinal, o que é a natureza hoje, comparada ao incrível poder do homem? Tanto que até para esse problema foi inventada uma solução: as Cirurgias Plásticas!
No início, elas eram usadas como intervenção para problemas mais sérios: deformações, queimaduras no rosto... Feiúras com as quais a sociedade não consegue lidar. Porém, esse conceito foi abrangendo mais e mais coisas... Como a gordura! Aiiii, aquela pança, filha da preguiça de exercícios!! Ou aquela ruga maldita que apareceu no cantinho do olho! Aquela que ninguém mais vê, só você, sabem? E assim, fenômenos como Madonna, Gretchen, Solange Couto e inúmeras anônimas surgem, mulheres que não conseguem lidar consigo mesmas, que não se aceitam como realmente são, e se mantêm belas a custa de pequenos (ou seriam grandes?) retoques plásticos.
O problema não é ser belo, mas é não saber que cada idade tem sua beleza. Alguns dizem que ela se esvai com a juventude, que ambas andam de mãos dadas, mas não sei se eu concordo... Para mim, cada época tem uma certa beleza e uma beleza certa... Nada de errado em querer perder uns quilinhos, em perder umas ruguinhas, a vaidade é humana, tanto quanto a idade! Mas estamos criando monstros!
Atualmente, o padrão de beleza é, em três palavras: alta, jovem, e magérrima (quando mais perto do IMC* mínimo, melhor!)! Ou seja, uma Barbie Girl. E está aí o problema! Não precisa ser uma gigante, nem uma magrela e muito menos uma menininha para ser bonita. Nós não deveríamos nos ajustar ao padrão de beleza, e sim ele que deveria se ajustar a nós!
As pessoas se esquecem que a beleza também vêm de dentro! E não me considerem uma tola ao dizer isso, pois eu realmente acredito que charme e simpatia deixam qualquer pessoa mais bonita. Essa valorização da imagem pela imagem só torna as relações fúteis, vazias, plásticas...
Temos que parar e pensar nisso, ou então, estaremos fadados a viver num mundo tão plastificado quanto o corpo esguio da Barbie Malibu...

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*IMC: Índice de Massa Corporal, um valor que resulta do cálculo da sua altura ao quadrado, divida pela massa. Existe uma valor mínimo para peso normal, assim como um máximo. Eles determinam anemias e obesidades, respectivamente.

Relembranças...

Estive pensando... Estive lembrando...
O que é mais importante: viver ou lembrar? Do que adianta viver sem lembrar do vivido! O que adianta lembrar sem viver o que ser lembrado? Eis aí uma questão instigante!!!
Porque se não lembramos, como dizer que algo aconteceu realmente? E será que nos lembramos de tudo do jeito que aconteceu mesmo? Essa coisa da lembrança nos dá um poder gigantesco! Você pode simplesmente manipular o seu passado e torná-lo o que você queria que fosse na época! Ou o que você gostaria que tivesse sido hoje!
Afinal, o que vale mais: o que realmente aconteceu, ou a mentira que você inventa para si mesmo? Sabe aquela que você repete até acreditar? Aquela que nem detector de mentiras pega! Pois, talvez ninguém saiba do que aconteceu, talvez o que valha seja sua visão, inocentemente distorcida. Por exemplo: Se algo aconteceu na Grécia Antiga, a única prova que temos é o que foi escrito, mas quem garante que o documento é verdadeiro? Ou, chegando mais perto da atualidade, quando seu avô te conta uma história, como saber se foi tudo detalhadamente como ele disse? E a história que ele conta não é a mais divertida?
O terreno da memória é tortuoso, cheio de lacunas que talvez nunca se preencham verdadeiramente, e onde a imaginação cresce e floresce... Mas o que fazer senão acreditar? Se isso tornar uma vida mais feliz... Chega uma hora em que simplesmente não importa mais...

Pensar X Refletir

Eu estava pensando no que postar.... Sabe quando você tem aquela idéia genial, mas quando finalmente pode escrevê-la ela resolve passear por outras mentes e fugir da sua? Isso é irritante, mas ao mesmo tempo interessante! E como a melhor solução para a falta de assunto é fazer DELA o assunto, vamos em frente!
Os pensamentos funcionam de forma engraçada, pelo menos os meus, não posso pensar sobre os dos outros... Por exemplo! Apesar de articulá-los em palavras, eu não preciso dizer mentalmente todas para saber a frase completa, mas, mesmo assim, eu as digo, como se fosse uma conversa comigo mesma! Como aqueles "pensamentos" de novelas, sabem?
Dizem que nós não usamos nosso cérebro em sua totalidade, só aproveitamos 10% dele! Talvez se o usássemos completamente, não precisaríamos articular os pensamentos dessa maneira, eles simplesmente passariam por nós e pronto! Mas, talvez, pensaríamos superficialmente demais. Quando articulamos demoradamente nosso pensamentos, podemos aprofundá-los, fazer conexões e ajustes... Talvez se só pensássemos, sem refletir demoradamente, nos tornaríamos mais propensos a erros e problemas!
Só sei que é engraçado como existem pessoas que tem preguiça de "refletir". Porque pensar, todo mundo pensa. Mas refletir sobre isso, ou seja, pensar profundamente, é algo que poucos fazem, e muitos acham bobagem!
O importante, porém, é perceber que se o nosso mundo de pensamentos é bom, o mundo das ações é melhor ainda! Precisamos refletir, mas aliar os pensamentos às ações e às outras pessoas, nem que seja compartilhando esse nosso interior! É por isso que eu escrevo aqui! Porque várias cabeças pensam melhor que uma!

Destinados ao acaso!

No post anterior eu comecei a falar um pouco sobre acaso e destino, e vi que esse tema é realmente fascinante, não? Então resolvi vir falar um pouco mais sobre eles.
Na teoria o mundo se divide entre os que acreditam em destino, ou no desígnio, e os que acreditam no acaso. Para a primeira parcela tudo que acontece é milimetricamente traçado e não se pode fugir do que já estava escrito (Maktub para os árabes). Essa crença era levada muito a sério na Grécia Antiga, usada como moral de história principalmente nas tragédias, tendo em Édipo sua encarnação maldita, o sofrimento daquele que tenta contrariar seu destino. Além disso, ela é comum nas religiões (mais notadamente nas de influências greco-romanas: Catolicismo, Islamismo...), em que Deus sabe de tudo antes que aconteça.
Por outro lado a segunda vertente crê que tudo não passa de uma coincidência, e que as coisas acontecem independentes de uma ordem ou premeditação...
Algo engraçado é que muitos argumentos usados para justificar o destino, também defendem o acaso. Pode-se dizer de uma moça que conhece o rapaz de sua vida que isso foi uma sorte, um acaso, ou que eles eram destinados um para o outro.
Quanto a mim, creio que qualquer visão extrema é reducionista! E gosto muito da ideia do Stephen King expressa em um de seus livros (que não citarei, pois já estou revelando muito do enredo!). Para ele, Acaso e Destino coexistem, e atuam concomitantemente, o que eu acho bastante interessante... Eles se alternam na vida das pessoas: algumas coisas são destinadas a acontecer, mas o acaso pode mudá-las a qualquer momento.
Eu, pessoalmente, gosto de pensar que nosso futuro está em constante construção. Pensar em um destino certo e implacável seria colocar o mundo numa constante relação causa e efeito, em que as cartas já estão marcadas. Agora pensar que tudo o que fazemos nos destina a algo, mesmo que não se saiba a que, para mim é bem mais razoável. E porque coisas casuais não podem aparecer para bagunçar um pouco? Afinal as ações dos outros podem mudar nosso amanhã independente de nós, casualmente. E assim a vida se torna uma divertida e emocionante incógnita, destinada ao acaso!