Bem vindos!

Este blog foi feito para narrar algumas das caraminholas de minha cabeça, antes que ela exploda! É um espaço de reflexão, e não de notícias ou de relatos do meu dia... A não ser que eles inspirem algum pensamento diferente!!! Mas leia, e não sinta medo dos textos longos: quem sabe o que pode sair deles? As vezes uma caraminhola na sua cabeça também!!! Só lendo para saber! =D

Muito obrigada pela visita! Fique à vontade: sente-se, tome um cappuccino, coma uns biscoitinhos, leia, reflita...
E VOLTE SEMPRE!!!


A proposito: não se preocupe! A cara mudou, mas o blog continua o mesmo! ;)

terça-feira, 30 de junho de 2009

Crescer...

Desde a morte do Michael Jackson eu venho pensando na sua eterna síndrome de Peter Pan...
Minto! Na verdade, eu pensava nessa síndrome há muito tempo... Mas o MJ é uma boa introdução ao tópico!
Eu acho que a maior fonte dos problemas dele foi essa vontade de permanecer criança para sempre! Como não podia mudar para a Terra do Nunca da história, criou sua própria, não só em sítio, como em todo seu redor! Ele não amadureceu, não perdeu a ingenuidade, e pagou seu preço...
Não importam seus motivos... Eu até entendo porque ele o quis. Eu, pelo menos, também morro de medo de crescer, e conheço muitas pessoas que aparentam ter, por mais que não queiram admitir!
Sair da infância segura para a vida adulta é complexo e turbulento. Não vou contar a adolescência, porque, por mais que ela esteja aí no meio, não conta como uma transição, neste quesito, pelo menos.
Ser adulto, pelo menos para mim, significa muita coisa. Responsabilidades, contas a pagar, preocupações, complicações, dores de cabeça... Convenhamos, a expressão "quando eu era crianças tudo era mais simples" já é quase um jargão! E também não é uma verdade? Quando mais velhos ficamos, mais complicados nos tornamos. O mundo dos adultos contém convenções, meias-palavras, ritos e cuidados que soariam ridículos para as crianças! Adultos deturpam palavras e atos, querem virar tudo contra os outros, ficam com picuinhas, fofoquinhas, intriguinhas...
Mas, apesar do medo que a vida adulta traz, não consigo evitar querer mergulhar nela o mais rápido possível! É como se ela já tivesse me contaminado. Odeio ver sentido em todas essas besteiradas, mas acho que isso simplesmente é parte da natureza humana. E quem sou eu para negar aquilo que sou?
Acho que o mais complexo não é esse mundo cruel em que estou me jogando, mas a demora do processo... É como se eu não soubesse bem onde estou! Se sou adulta, trabalhando, ganhando meu dinheiro e assumindo responsabilidades... Ou se sou uma criança, vivendo com meus pais, não me preocupando com contas e outras trivialidades da vida...
Usando uma metáfora banalizada, mas perfeita para exprimir isso tudo: é como arrancar lentamente um band-aid. O processo é doloroso, mas você não vê a hora de acabar!
Não podemos fugir dos processos da vida, ou do tempo... Sempre crescemos, mudamos, aprendemos... Não importa o quanto a gente se recuse a isso...
Então que o crescimento venha!! Fazer o que?

Inércia...

Às vezes o bom mesmo é não fazer nada! Sentar, ler um livro, olhar pela janela, perder-se em pensamentos...
Como a preguiça pode ser prazerosa, mas tão viciante também!
Quem me dera poder ficar nela todo dia, toda hora...
Mas só nas férias mesmo!!!
Aiiiiiiiiiiiiii, que sono...

domingo, 21 de junho de 2009

O Diploma

Será que qualquer um pode fazer qualquer coisa? E acredito que sim!
Mas será que que qualquer um pode fazer qualquer coisa a qualquer hora? Aí já fica mais difícil!

O Supremo Tribunal Federal decidiu que qualquer um pode exercer a carreira de jornalista. Até aqui tudo está liiiiiiindo! O problema não está em democratizar uma profissão, afinal todas são democráticas, faz faculdade quem quiser! O problema está em dizer que uma profissão pode ser exercida sem o mínimo de preparação ou técnica. O problema está em opinar sem embasamento, sem uma checagem, sem uma apuração!
Aaaaaaaah! Mas apurar não é importante para esses oito ministros... Não importa se a maioria das pessoas acha que jornalismo é ouvir apenas uma fonte, aceitar o que ela diz sem checar, escrever tudo de um jeito bonitinho, não importa se existem mais versões!
Afinal o jornalismo está tão próximo da literatura, não é? Para que ter uma técnica? Para que discutir a ética da profissão na faculdade? Nós, jornalistas, não mexemos com nada demais, mesmo... Basta jogar algo verossímil, uma histórinha literária, e pronto, tem uma reportagem! Afinal jornalismo é uma arte, uma enrolação, uma ficção!
O problema é quem que recebe a informação todo dia não sabe disso, e pode achar que o que estará escrito é verdade...

Quem puder, defina a diferença entre notícia e reportagem... A não ser que não ache isso importante para ser jornalista!

Acho que o próximo passo será deixar açougueiros virarem médicos...

sábado, 13 de junho de 2009

Referências

Já que falei do Machado de Assis post passado, por que não continuar, né?
Eu estava lendo um conto dele chamado "O Espelho", e o achei super legal. Com o significativo subtítulo: “Esboço de uma nova teoria da alma humana”, a personagem principal, Jacobina, discorre sobre a existência de duas almas, uma externa, que é algum objeto, pessoa, gosto ou local, e uma interna, que não fica exatamente clara.
Não quero entrar em análises sobre o conto, não sou nenhuma literata para fazê-lo, muito menos especialista na literatura machadiana. Meu intuito é sim comentar um pouco sobre essa tal “alma externa”, que me chamou muitíssimo a atenção.
Na hora em que li sobre ela, primeiro numa análise sobre o livro Dom Casmurro e depois no próprio conto, pensei como essa referência externa é importante e real no nosso cotidiano! De quais formas?
Numa reflexão inicial, acho que através do que os outros pensam. Nós estamos sempre preocupados com a opinião alheia, seja a de pessoas próximas, seja a de desconhecidos mesmos. Isso não seria uma referência, uma forma da gente se portar e se posicionar no mundo? O quando que o pensamento dos outros se reflete naquilo que somos? Acredito que muito, pelo menos em algumas pessoas.
Indo mais profundamente, eu passo a me lembrar como os nossos gostos dizem bastante sobre nós. Sem cair em esteriótipos, claro! É fácil conhecer um pouco de uma pessoa através dos filmes que ela viu, livros que leu, músicas que gosta... E também pelas coisas que odeia! Quartos, mochilas, bolsas, orkuts, escrivaninhas... Tudo isso fala mais do que mil auto-descrições!
Não só os gostos e objetos, como as próprias pessoas com quem você convive. Não no sentido “Diga-me com quem andas, e eu te direi quem és”. Mas no caso de que cada pessoas que conhecemos mudar algo em nós! Seja através de experiências, seja através do jeito dela!
Acho que somos a soma de tudo que está fora e dentro de nós! E é nesse sentido que eu vejo a divisão entre alma exterior e interior. Não como algo bom, ou ruim, apenas com a realidade do que somos.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Pelos em Ovos

"O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum."
Alberto Caeiro

Para quem desconhece, Alberto Caeiro é um dos heterônimos criados por Fernando Pessoa. Ele é considerado o mestre de todos os outros, e prega uma filosofia paradoxal, a de viver sem filosofia alguma. Ele acredita que as pessoas procuram profundidade e metafísica onde ela não existe, o que podemos traduzir na expressão "buscar pelos em ovos".
Agora, pode parecer paradoxal um blog de Caraminholas, ou seja, de profunda reflexão, citar alguém tão desapegado como Caeiro. Devo confessar que, apesar de ser uma pessoa muito questionadora, eu sou apaixonada pela filosofia dele, talvez justamente por admirar alguém que consiga pensar dessa forma, porque eu não consigo! Hahahaha! Ou talvez seja uma forma de eu encontrar equilíbrio nas minhas filosofias, por que não?
Mas uma coisa é certa, as vezes as pessoas buscam explicações profundas onde não existem. Vou usar em exemplo de hoje mesmo! Na aula de português da faculdade estávamos falando de Machado de Assis, mais especificamente do livro Dom Casmurro. Quem já estudou esse livro para vestibular saberá bem: não há maior profusão de teorias malucas do que nos na fortuna crítica deste livro! Na verdade, de tanto debater isso a gente até começa a encontrar coisas bizarras no meio! Eu mesma soltei uma teoria que depois fiquei me perguntando de onde tirei!!! Hahahaha!
Como eu dizia, as teorias são muitas, afinal é uma narrativa cheia de detalhes, e Bentinho não é nem um pouco confiável. Mas será que TODOS os detalhes foram realmente pensados por Machado de Assis? Será que não tem um pouco de viagem dos críticos, não?
Até acredito em coisas como a relação com a peça Otelo de Shakespeare, e toda aquela coisa do ciúme. Mas convenhamos, para pensar em metade do que as pessoas atribuem à ele, ele demoraria milênios escrevendo o livro e teria terminado doido!
Falam por exemplo que, em alguns momentos, Capitu representa o Brasil e Bentinho o imperador D. Pedro II. Fala sério, "aeeeee, que forçaaaaado!!!". Hahahaha!
Enfim, é legal "viajar" nos pensamentos, mas me pergunto até que ponto isso é útil para estudos acadêmicos! Hipóteses são o máximo, eu adoro, mas será que não deveríamos nos segurar um pouco?
Não é uma crítica, só uma reflexão mesmo!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Invenção!

Seria legal se houve um chip que gravasse nossos pensamentos. Imaginem só: cada ideia, solução, inspiração, ficaria gravada nesse chip, e daí poderíamos acessá-las ao nosso bel-prazer! Ia ser o máximo!
Indo mais além: você poderia criar uma pasta, e até montar textos na hora. Por exemplo, eu penso comigo "caraminhola" e daí se abre esse arquivo. Então, eu começo a pensar num texto, e ele fica gravado! Finalmente eu penso "fim da caraminhola" e o arquivo fecha!! Olha que perfeito!
Depois é só passar pro computador, editar e postar!!! Tchan-ran!!! Meus problemas acabaram!!!
E daí eu acordo!!! Hahahahaha
É claro que esse projeto teria mil desvantagens, e seria bem difícil de criar...
Mas tudo bem, porque sonhar é muito bom!