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Este blog foi feito para narrar algumas das caraminholas de minha cabeça, antes que ela exploda! É um espaço de reflexão, e não de notícias ou de relatos do meu dia... A não ser que eles inspirem algum pensamento diferente!!! Mas leia, e não sinta medo dos textos longos: quem sabe o que pode sair deles? As vezes uma caraminhola na sua cabeça também!!! Só lendo para saber! =D

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terça-feira, 28 de julho de 2009

Identidade

Tema já citado, mas que ainda abriga muitas reflexões. (Às vezes eu penso que, bem lá no fundo, todos os posts meus são sobre a mesma coisa).

É difícil se dizer quem se é. Somos mais que o nosso nome, nossa idade, nossa profissão, nossos pais, nossos amigos, nossos amores, nossos professores, nossas experiências, nossos sentimentos... É uma soma, disso e muito mais, cujo resultado é sempre maior do que os elementos somados. Algo que não adianta apenas analisar (aqui significação a separação para compreensão), é preciso também sintetizar (unir, compreender o todo)!
Eu acho que a verdade sobre nós mesmos é algo muito difícil de descobrir, e talvez seja mais difícil ainda de aceitar. Vou aproveitar um repertório inesperado (leia-se desprezado) para exemplificar tudo isso. Existe uma saga de livros chamados “O Ciclo da Herança” (talvez você se lembre melhor se eu disser que o primeiro livro é “Eragon”). Nela o autor, Christopher Paolini, criou uma língua antiga que reúne o verdadeiro nome de todas as coisas e permite manipulá-las com magia. Por exemplo: brisingr é o verdadeiro nome do fogo, arget o verdadeiro nome da prata... Nesta língua, o nome próprio de alguém significa aquilo que ela realmente é, e ele muda ao longo da vida. Ele normalmente é composto por três palavras na língua antiga.
Não vou entrar em muitos detalhes da história em si, só que ninguém nasce sabendo seu próprio nome, e, pelo que eu pude perceber ao longo dos livros, é mais fácil descobrir o nome dos outros do que o seu próprio. O vilão da série costuma descobrir o de todos que ele quer controlar, às vezes antes que a própria pessoa saiba.
Eu imagino que essa dificuldade para se encontrar seu nome verdadeiro se deva a inúmeros fatores. O maior dele é que, muitas vezes, nós nos iludimos em relação a nós mesmos, criamos uma imagem própria deturpada, acreditando que o que fazemos, que o que nos move é sempre nobre e certo. Para tanto, escondemos de nós alguns fatos, algumas lembranças, que mesmo sem o nosso conhecimento consciente influem sobre nós (isso nos remete a psicanálise também).
É preciso muita humildade para aceitar nossos maiores e piores defeitos, e assim se conhecer realmente. Isso me faz pensar que alguns “nomes verdadeiros” talvez não sejam feitos para serem descobertos. Pois, para enxergar além da nossa auto-imposta cegueira, ocorre em nós uma mudança em parte de quem somos, e uma mudança do tal nome, por consequência.
Claro, é possível descobrir sozinho quem se é, mas para tanto é preciso um autoconhecimento, além de uma auto-análise. Não sei se um dia vou me conhecer plenamente, mas espero que sim! Daí, quem sabe, eu conto para vocês!

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