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Este blog foi feito para narrar algumas das caraminholas de minha cabeça, antes que ela exploda! É um espaço de reflexão, e não de notícias ou de relatos do meu dia... A não ser que eles inspirem algum pensamento diferente!!! Mas leia, e não sinta medo dos textos longos: quem sabe o que pode sair deles? As vezes uma caraminhola na sua cabeça também!!! Só lendo para saber! =D

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terça-feira, 21 de julho de 2009

Repertório

Ou você tem, ou você não tem!
Será mesmo?

Eu tenho minhas dúvidas... Bom, em primeiro lugar, o que é repertório?
No meio musical, é o número de músicas que um cantor possui ou canta. Alias, este é o sentido mais utilizado. Já nos estudos da comunicação, repertório é todo conhecimento que você tem e utiliza. Vou exemplificar ao longo do post, grifando todo trecho em que eu utilizar parte do meu repertório.
Porém, existem controvérsias sobre o tipo de repertório que é realmente bom ou útil, e é isso que eu vim questionar.

Um professor de Jornalismo Básico veio com este tema no final do semestre passado. Ele reservou a aula para tentarmos fazer, em grupo, o teste de admissão de um jornal famoso aqui de São Paulo, eu não consigo lembrar se era a Folha ou o Estado, mas não vem ao caso. O teste era feito de questões de múltipla escolha, sobre temas atuais, incluindo economia, política e detalhes de temas que estamparam manchetes, além de história do Brasil e do Mundo. Até aqui é compreensível, é importante sabermos quem é o Ministro da Fazenda (o que, na verdade, eu não sei), ou quem foi Antônio Conselheiro, para fazermos nossas matérias.
Mas chegou o momento em que era perguntado quem eram Umberto Eco, Miles Davis, dentre outros... Umberto Eco era fácil, vai! Ele é um teórico de comunicação, além de escritor de ficção. Seu livro mais famoso é O Nome da Rosa. Mas, Miles Davis era difícil! Nós demos a sorte de ter lido um perfil sobre ele, mas não sei se alguém do grupo saberia se não fosse por ele! Eu não saberia!
Obs: Curiosidade, ele é um trompetista de jazz, consagrado após a Segunda Guerra.
Voltando a tema, Miles Davis foi um exemplo de um tipo de repertório imposto. Quer dizer que agora para trabalhar em jornais, eu preciso ser ouvinte de jazz? Por que jazz? Por que não perguntar quem é Dorival Caymmi? Ou perguntar quem era Jimmy Hendrix? Eu respondo o porquê, jazz é cult.
Cult é todo repertório considerado ideal pela elite intelectual. Seu antônimo é a famigerada cultura de massas, considerada uma heresia extrema pelos meios acadêmicos! Ou seja, cult é tudo aquilo que a maioria das pessoas não aprecia, ou nem sabe que existe: jazz, música clássica, filosofia, filmes europeus, ópera, Beatles, Marx, e o já citado Umberto Eco, dentre outros muitos afins.
O problema óbvio é: quer dizer que só utilizando esse conhecimento é possível gerar mais conhecimento? Porque é isso que implica a palavra repertório. Eu acho que não. Eu acho isso tamanho preconceito, que até me enfurece! A verdade é que eu posso tirar até material de pesquisa até de um funk, se o que eu procuro e a representação das comunidades de favelas cariocas, por exemplo. Mas será que isso seria menos válido?
Na minha humilde opinião, tudo o que lemos, ouvimos, assistimos pode e deve ser utilizado na nossa vida! Já ouviram aquele ditado “o esperto aprende com seus erros, o sábio aprende com erros dos outros”? É o que eu quero dizer! Tudo o que vivenciamos é repertório válido, e pode ser usado mais para frente!
Para aprofundar essa questão eu recomendo o filme “Quem quer ser um milionário”. É um exemplo típico de como uso de diversos conhecimentos pode ser útil!
Acho que é só isso, me alonguei demais!
Hasta la vista!

2 comentários:

Rodrigo disse...

Sabia que Nathy faria um post sobre midcultismo!!! uahsuahsu Well done, Sorogirl^^
Concordo totalmente com todos os pontos que vc abordou. As pessoas acreditam que cultuar o que poucas pessoas conhecem, é sinal de destaque, de ser "cool". Não são poucos os que vemos por aqui que adotam uma postura "alternativa" ou "de que não está nem ai pra nada" só para parecer O super transgressor. Só que, não estaria na verdade sendo incrivelmente óbvio, e um tanto quanto ingênuo?
Esses tipos são tão fáceis de identificar e observar como um todo que ficamos com uma certa dose de vergonha alheia, prevendo que, em poucos anos, toda essa atitude alternativa vai ter que ser obtigatoriamente deixada de lado, para se tornarem pessoas digamos...reais.
E na questão do repertório, 100% agreed! Se uma pessoa não é capaz de extrair o que quer que seja, da mais ínfima experiência, então ela simplesmente não está vivendo, apenas existe. Como diz a famosa frase que se encontra em todos os cantos da internet nos dias de hoje.

Hauhsau
Mas ótimos posts nessas férias Nathy, adorei!!

=D

Bjss

Caca disse...

Oioioioioioi!!!
Realmente não estamos na vida a passeio!!!
Dela tiramos proveito e aprendizado em todos os momentos!!!!
Adorei o post, muito CULT...
Beijossssssss