Bem vindos!

Este blog foi feito para narrar algumas das caraminholas de minha cabeça, antes que ela exploda! É um espaço de reflexão, e não de notícias ou de relatos do meu dia... A não ser que eles inspirem algum pensamento diferente!!! Mas leia, e não sinta medo dos textos longos: quem sabe o que pode sair deles? As vezes uma caraminhola na sua cabeça também!!! Só lendo para saber! =D

Muito obrigada pela visita! Fique à vontade: sente-se, tome um cappuccino, coma uns biscoitinhos, leia, reflita...
E VOLTE SEMPRE!!!


A proposito: não se preocupe! A cara mudou, mas o blog continua o mesmo! ;)

sábado, 28 de novembro de 2009

Meta-postagem

Às vezes escrever aqui fica tão difícil... Não era assim antes, sabem?
Não sei o que acontece, apesar de teorias não faltarem... Uma delas é que ando pensando demais, as ideias não amadurecem, elas mudam no meio do pensamento, no meio da própria escrita do texto, e quando eu termino, não é aquilo que eu queria escrever no começo. Mas... o que eu queria escrever mesmo?
Outra é que talvez eu não queira pensar o que eu estou pensando. Vocês entendem? É como se ao escrever aqui todas essas dúvidas, questões, confusões, tudo isso se tornasse mais nítido, palpável, e ainda mais difícil de ser encarado... Se tornasse mais real, e não fossem mais apenas fantasmas embaixo do meu colchão. Então eu busco distrações (o facebook, por exemplo), fugindo do pensamento aprofundado de tudo isso...
A última teoria é a do cansaço mental. Esse final de semestre foi bem cansativo, e não só na faculdade, mas com o fato de acordar muito mais cedo, agora que estou sem o fretado. O pique diminuiu, as ideias diminuíram, e tudo que meu cérebro quer é dormir até as coisas melhorarem! Mesmo agora enquanto escrevo, meu olho sente vontade de fechar, mesmo eu tendo dormido até às 11h da manhã hoje! É um absurdo!

Talvez a questão sejam todas as teorias juntas e misturadas, ou uma ou outra intercalada, ou mesmo não é nada disso e eu sou fresca mesmo! Hahahahhahaha
Não importa! Essa é uma sessão desabafo/ mea culpa básica e já acabou! Se você chegou até aqui, desculpe tê-lo feito ler tudo isso. Se não, aaaaah, nem preciso escrever nada, porque não será lido mesmo hahahahhahahahah

É isso, pessoas...
Leiam o post abaixo que é um pouco mais "normal" (se é que eu posso escrever algo normal, ?).
Beijooooooos

Fugas

Post com a colocaboração especial da Luma, que debateu um pouco o tema comigo, antes de eu escrever. =D
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Todos dizem que a ficção é um escapismo! Claro, não só a ficção, como o entretenimento em geral. Mas, afinal de contas, do que fugimos? O fato de o mundo da fantasia ser mil vezes melhor que a realidade já é um ponto pacífico. Ainda assim, isso não justifica tamanho medo que sentimos da realidade. Seria medo de viver?
Acabei de ler um livro (Vida, o Filme – Neal Gabler) que afirma que o ser humano sempre demandou o entretenimento. Ao invés de aplaudir a arte elitista, que distancia e critica a vida, as pessoas preferiam ser engolfadas pela ficção, de tal forma que o distanciamento do real fosse tão grande que não gerasse mais análise, e sim esquecimento.
Mas eu acho que mais do que um escape, o entretenimento é uma solução! Por alguns segundos, você vive aquilo que você sempre sonhou, o que quer que isso seja: um grande amor, um salto na escala social, a vingança sobre seu chefe ou sobre o cara que já lhe deu uma rasteira. Não importa! Aqueles personagens fazem o que não podemos fazer. É a chamada catarse, personificação do id, dentre muitos outros nomes... Ou, em português claro: a pura e simples realização! O entretenimento terceiriza nossos desejos, assim como os nossos medos.
E aí que reside o grande perigo. É claro que a distração é essencial, sem ela nós estaríamos perdidos, enlouqueceríamos com a realidade nua e crua. Mas se nos abstivermos demais da realidade, isso não se torna a dita alienação? Não nos esqueceríamos do mundo, deixando-o simplesmente como ele é, sem resolver seus problemas?
De acordo com Gabler, esse será o grande debate do século XXI: viver a realidade, ou essa pós-realidade, melhorada na nossa mente? Talvez, como sempre, o caminho certo seja o do meio, do equilíbrio. Ou seja, tentar fazer o máximo possível para melhorar o que julgamos imperfeito, mas, quando chegar no ponto disso nos fazer mal, simplesmente nos colocarmos no papel de espectadores do cinema, sentindo sem sentir, vendo outros caminhos e outras possibilidades, e aguardando pelo final feliz. Deixar-se engolfar, mas sabendo que, como no cinema, essa não é a realidade total. Como uma anestesia, um analgésico, necessário para seguir em frente, corrigindo as incoerências, dando sentido, mesmo que o efeito seja provisório.
No fundo, eu acredito que os realistas têm inveja de não saber usar os “óculos cor-de-rosa”. Por isso querem tirá-los de quem sabe usar, a todo custo, ao invés de tentar aprender.

sábado, 7 de novembro de 2009

Como assim Anéis de Pureza?

Em maio deste ano os Jonas Brothers vieram em turnê ao Brasil, e se tornou figura carimbada na mídia. Em meio às várias entrevistas dadas, uma informação me chamou a atenção: o fato deles usarem “anéis de pureza”, por serem evangélicos, representando que casarão virgens. Que mundo é esse em que artistas pop adotam um discurso moralista-religioso e ainda assim são aclamados pelos adolescentes?
Parte do meu estranhamento se deve ao padrão dos ídolos da minha adolescência. Todos reforçavam um sensualismo exaltado.É claro que parte da nova geração de artistas não foge à antiga fórmula. Basta citar Amy Whinehouse, Lindsay Lohan e a própria Britney, as rainhas dos escândalos pop. Mas, numa espécie de contramão, alguns astros jovens seguem o ideal do “bom-mocismo” dos Jonas Brothers.
Curiosamente estes modelos de conduta são criados por emissoras pré-adolescentes, como o Disney Channel. Além de um filme estrelado pelos Jonas Brothers, eles lançaram a trilogia High School Musical, que inaugurou essa nova tendência. Para que não sabe, é a história de um amor colegial e platônico, a ponto do casal principal só dar o primeiro beijo no final do segundo filme, mesmo já tendo começado a namorar no começo dele. Para uma geração que transformou o “ficar” em um relacionamento meio sério, e que criou então o “pegar”, um romance nestes termos ser sucesso é quase contraditório. Quase, porque é possível entender alguns motivos do público.
Um deles, para mim, é a velocidade. Hoje tudo acontece rápido demais: mal se viu e já se agarrou. E parte da graça do namoro é a tensão que o vagar forma, o frio na barriga da incerteza.
Mas enxergo ainda uma razão mais profunda. Atualmente, uma pessoa se guardar para alguém especial se torna algo raro e extremamente romântico. Ressalta a crença de que existe uma alma-gêmea, e que você está no mundo apenas para ela. É isso que representa o anel de pureza. Ou mesmo o outro fenômeno pop: Edward Cullen, o vampiro bonitão da série de livros Crepúsculo.
Edward, que ostenta valores do início do século XX, se tornou modelo perfeição no novo milênio por ter esperado 80 anos pelo amor de sua vida. Para sua sorte, ele tem eternos 17 anos. Quando finalmente a encontra, ela é uma garota comum. Como a maioria das meninas, que esperam encontrar quem goste delas pelo que elas são.
Enfim, a verdade é todas as mulheres procuram seu príncipe encantado, por mais que não o admitam em voz alta. Umas saem por aí beijando sapos e se convencendo que não querem que eles se transformem. Outras esperam que o herói venha ao seu encontro montado no cavalo branco. E algumas, ainda por cima, querem-no zero quilômetro, o anel de pureza como garantia. E pensar que antigamente as mulheres que tinham que casar virgens...