Bem vindos!

Este blog foi feito para narrar algumas das caraminholas de minha cabeça, antes que ela exploda! É um espaço de reflexão, e não de notícias ou de relatos do meu dia... A não ser que eles inspirem algum pensamento diferente!!! Mas leia, e não sinta medo dos textos longos: quem sabe o que pode sair deles? As vezes uma caraminhola na sua cabeça também!!! Só lendo para saber! =D

Muito obrigada pela visita! Fique à vontade: sente-se, tome um cappuccino, coma uns biscoitinhos, leia, reflita...
E VOLTE SEMPRE!!!


A proposito: não se preocupe! A cara mudou, mas o blog continua o mesmo! ;)

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Dualismos...

Eu sempre os achei os vilões muito mais interessantes nas histórias tradicionais! Não que eu torcesse por eles, mas eles sempre pareciam mais verídicos dos que os heróis perfeitinhos! Um dos motivos disso é que por mais que admiremos os mocinhos, nunca seremos exatamente como eles, apesar de serem um bom modelo para o que queremos tentar ser. E calma, eu não estou sendo pessimista! Só acho que todos nós temos um pouquinho do mocinho e um pouquinho do bandido, e que as vezes negar esta segunda parcela nem sempre seja saudável, já que ninguém de carne e osso é perfeito!
Pensando melhor, o interessante do vilão é que ele reconhece seus defeitos, os encara, os assume e os utiliza a seu favor. Já o bonzinho da trama sempre quer ser perfeito, nunca se mostra egoísta ou medroso, muito menos fraco. Na verdade o único aspecto negativo a que ele se permite é a tristeza, quando ele acha que a mocinha o rejeitou, por exemplo.
Mas, qual é o problema em se ter um pouco de fraqueza? Ou em se querer pensar um pouco em si mesmo? Em reconhecer que nem sempre você fez tudo em prol dos outros? Eu acho que as pessoas devem se preocupar mais consigo mesmas, afinal, se eu não o fizer por mim, ninguém mais o fará! Mas isso não significa que eu vá derrubar todos em meu caminho para atingir meus objetivos, essa é a grande diferença.
O maniqueísmo há muito tempo foi abolido de nossas vidas e da nossa ficção. Voltamos a encontrar mais heróis trágicos, que lutam mais consigo mesmos do que com os perigos exteriores, em uma história em que se é possivel ser ao mesmo tempo vilão e mocinho. E precisamos admitir que esses conflitos são muito melhores e rendem excelentes histórias! Afinal a princesinha da história sempre será vista como a personagem plana*, ou seja, que é sempre a mesma do inicio ao fim. Vendo por esse lado, quem quer ser sempre a mocinha?
A questão não é se podemos eliminar nosso vilão interior, mas o que podemos aprender também com ele? A lição do herói é a mais fácil e óbvia: nunca faça mal ao outros, tente sempre fazer o que é certo para a sua sociedade e para você mesmo. Mas e a do vilão? A meu ver ela seria: não tenha medo de assumir quem você completamente é, goste de si mesmo com suas qualidades, mas também com seus defeitos. Pois reconhecer algum ruim é o primeiro passo para mudá-lo.
E principalmente, por que não colocar estes dois lados para dialogar? Assim a gente cresce, vê as coisas de forma diferente e muda! Uma metamorfose ambulante, uma personagem redonda*...
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* Personagens planas e redondas: Distinção estabelecida por E. M. Foster. Enquanto a personagem plana se fundamente em apenas uma caracteristica, a redonda tem multifacetas. O que faz com que a última se transforme ao longo da narrativa, enquanto a primeira é sempre igual

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Vivendo, lendo e aprendendo....

A arte é inerente ao ser humano: ela nasceu juntamente com ele! Não importa se por desenhos, palavras, sons ou a junção de tudo isso, a arte se resume a contar histórias: verdadeiras, inventadas, passadas de geração em geração ou sendo contadas pela primeira vez justamente naquela hora! A ficção sempre encantou os homens. Mas o que tanto nos atrai nas histórias? Nos livros, filmes, novelas?
Eu acho que o principal atrativo está nas novas experiências! Aquela frase lugar comum, mas muito verdadeira: "poder viajar o mundo tudo, sem sair de casa". Mas mais do que isso, ao ler algo, é como se realizássemos tudo aquilo que não podemos mas sonhamos, seja possível ou impossível! A realização vicária, pelo outro.
As histórias de fantasia, por exemplo, com todas as histórias de magia, criaturas mágicas e lugares maravilhosos, que não existem realmente, mas que enquanto são lidos ou vistos se tornam reais! Ou mesmo as histórias de outras épocas e costumes que nunca mais vão voltar, são formas de tentarmos entender quem viveu antes de nós! Seus dramas, alegrias, receios!!! Mas é claro que isso é mais fácil de se entender quando a história foi contada na sua época!
O problema é quando essa vida imaginária se torna a única de uma pessoa. É claro que é bom viajar pra outros universos, mas é preciso lembrar que também temos que prestigiar o que está a nossa volta!
Mas uma vantagem é usar a história de outrem para aprender com os erros dela! E também tentar aprender mais sobre si mesmo! Um uso muito difundido nas histórias de crianças, como os morais das Fábulas de Esopo.
De qualquer forma, essas narrativas fazem parte da nossa sociedade e de nós mesmos! Isso que nós somos: uma história de diversas histórias...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Uma questão de olhar!

Às vezes é difícil pensar em o que escrever aqui... Resolvi então seguir o post anterior e continuar refletindo sobre as mudanças do ser humano, mas agora de um outro ponto: a mudança do olhar.
Uma coisa engraçada é que você nunca encontrará duas pessoas que pensem exatamente igual sem ter discutido um assunto. Afinal, após uma discussão é possível capturar e adotar um pouco a opinião do outro e vice-versa. Existem muitas teorias que tocam nesse assunto, mas eu penso que isso ocorre porque cada um coloca um olhar diferente sobre aquilo que vê.
Esse olhar é muito relativo, depende daquilo que você viveu, daquilo em que você acredita e daquilo que você conhece e aceita. E como ele resulta da sua vivência, eu acredito que ele muda ao longo da vida. É como aquela frase do Heráclito "nunca se entra duas vezes no mesmo rio", porque assim como as águas correm e mudam, os nossos pensamentos também fluem como um rio e nos levam a diferentes conclusões ao ligar os mesmos elementos de formas diversas!
E ai está um processo interessante! As pessoas têm medo que os outros façam sua cabeça, muitos temem ser apenas uma máquina de repetição de ideias. Mas se você seguir o seu "olhar", por mais que ele se inspire do que você sorveu dos outros, sempre terá a sua própria opinião. Apesar de tudo, ninguém pode pensar e fazer ligações de fatos por outra pessoa! Isso me lembra meu professor de filosofia da faculdade: ele sempre nos pedia "trabalhos de autoria"! Mas o que isso queria dizer, não usar citações? Claro que não, significava usar e abusar delas, mas apenas como um tijolo na construção do seu raciocínio!
Apesar de pessoal, acreditar apenas no seu próprio olhar pode ser tornar uma perspectiva reducionista. Por isso que eu acredito que o dialogo é importante. Muitas vezes o que o outro viveu pode apresentar a ele diferentes aspectos que eu, por exemplo, poderia nem ter cogitado. E a recíproca é verdadeira. É por isso que eu fico tão feliz em ler comentários opinativos aqui no blog, apesar de não haver muitas ideias contra o que eu escrevi, sempre percebo nos relato algum ponto sobre o assunto que nem sequer havia pensado! E essa troca é realmente muito construtiva!
A mente humana é mesmo engraçada! Ela nunca liga as coisas da mesma forma, e às vezes você pode começar um texto com um assunto e terminar em um lugar extremamente diferente! Pelo menos eu acho que foi isso que aconteceu aqui! Se bem que, daqui a dois minutos, eu possa ter mudado essa opinião! ;)

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

A Nova Moda!

Em primeiro lugar: primeiro post do ano =D
Agora, vamos à caraminhola do dia:
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Moda é uma coisa engraçada! Nós normalmente a associamos diretamente com roupas, sapatos, jóias. Mas na verdade a palavra se refere a qualquer tendência que é seguida, por muitos ou poucos!
Acho que esta palavra nunca foi tão usada como nos tempos de hoje. Todo jornal tem seu caderno de moda, lidas por milhares de pessoas que não querem fazer feio na frente dos outros, não querem estar out.
Algo irônico é que existem dois tipos de tendência, as que a maioria aceitam seguir, que é a verdadeira Moda, e as que poucos seguem e parecem ser passageiras, as modinhas (sintam o desprezo no tom, aqui o "inha" é pejorativo!).
Modona ou modinha, as pessoas simplesmente a-d-o-r-a-m seguir o bando! Para algumas isso pode virar até fobia! É até irônico: todos se deliciam em vestir-se no mesmo estilo dos outros, mas se horrorizam ao ver outra pessoa usando a mesma peça que ela no mesmo dia.
Outra moda é não seguir a moda hahahahaha! Uma frase ambígua, devo admitir, mas verdadeira. Muita gente adora boicotar o que está em voga nas passarelas, e transforma isso numa nova tendência!
E na verdade, isso não entra só no mérito das vestimentas, objetos do dia-a-dia também ser tornam modas: celulares, TVs de plasma, um certo jogo. Há também modas temáticas na literatura e cinema. Já repararam como mais livros sobre animais domésticos foram lançados após o sucesso de Marley & Eu? Ou quantos livros de fantasia tentam preencher a lacuna do final da saga de Harry Potter? Além das modas que se vinculam à ritmos musicais, como os emos, hardcores e tudo mais...
Mas nada contra algo se tornar uma tendência, o que me irrita de fato é ver as pessoas consumindo só porque algo se tornou "moda", mesmo que não gostem! Achei o cúmulo, uma certa vez, em que comentei com a minha tia que não gostava muito de um modelo de algo e ela respondeu: "mas está na moda". Eu acredito que a moda devia ser usar o que se gosta! Com senso é claro. Mas a prioridade deveria ser o conforto e não se é o que a ditadura da moda impôs.