Destinados ao acaso!

No post anterior eu comecei a falar um pouco sobre acaso e destino, e vi que esse tema é realmente fascinante, não? Então resolvi vir falar um pouco mais sobre eles.
Na teoria o mundo se divide entre os que acreditam em destino, ou no desígnio, e os que acreditam no acaso. Para a primeira parcela tudo que acontece é milimetricamente traçado e não se pode fugir do que já estava escrito (Maktub para os árabes). Essa crença era levada muito a sério na Grécia Antiga, usada como moral de história principalmente nas tragédias, tendo em Édipo sua encarnação maldita, o sofrimento daquele que tenta contrariar seu destino. Além disso, ela é comum nas religiões (mais notadamente nas de influências greco-romanas: Catolicismo, Islamismo...), em que Deus sabe de tudo antes que aconteça.
Por outro lado a segunda vertente crê que tudo não passa de uma coincidência, e que as coisas acontecem independentes de uma ordem ou premeditação...
Algo engraçado é que muitos argumentos usados para justificar o destino, também defendem o acaso. Pode-se dizer de uma moça que conhece o rapaz de sua vida que isso foi uma sorte, um acaso, ou que eles eram destinados um para o outro.
Quanto a mim, creio que qualquer visão extrema é reducionista! E gosto muito da ideia do Stephen King expressa em um de seus livros (que não citarei, pois já estou revelando muito do enredo!). Para ele, Acaso e Destino coexistem, e atuam concomitantemente, o que eu acho bastante interessante... Eles se alternam na vida das pessoas: algumas coisas são destinadas a acontecer, mas o acaso pode mudá-las a qualquer momento.
Eu, pessoalmente, gosto de pensar que nosso futuro está em constante construção. Pensar em um destino certo e implacável seria colocar o mundo numa constante relação causa e efeito, em que as cartas já estão marcadas. Agora pensar que tudo o que fazemos nos destina a algo, mesmo que não se saiba a que, para mim é bem mais razoável. E porque coisas casuais não podem aparecer para bagunçar um pouco? Afinal as ações dos outros podem mudar nosso amanhã independente de nós, casualmente. E assim a vida se torna uma divertida e emocionante incógnita, destinada ao acaso!