Relembranças...

Estive pensando... Estive lembrando...
O que é mais importante: viver ou lembrar? Do que adianta viver sem lembrar do vivido! O que adianta lembrar sem viver o que ser lembrado? Eis aí uma questão instigante!!!
Porque se não lembramos, como dizer que algo aconteceu realmente? E será que nos lembramos de tudo do jeito que aconteceu mesmo? Essa coisa da lembrança nos dá um poder gigantesco! Você pode simplesmente manipular o seu passado e torná-lo o que você queria que fosse na época! Ou o que você gostaria que tivesse sido hoje!
Afinal, o que vale mais: o que realmente aconteceu, ou a mentira que você inventa para si mesmo? Sabe aquela que você repete até acreditar? Aquela que nem detector de mentiras pega! Pois, talvez ninguém saiba do que aconteceu, talvez o que valha seja sua visão, inocentemente distorcida. Por exemplo: Se algo aconteceu na Grécia Antiga, a única prova que temos é o que foi escrito, mas quem garante que o documento é verdadeiro? Ou, chegando mais perto da atualidade, quando seu avô te conta uma história, como saber se foi tudo detalhadamente como ele disse? E a história que ele conta não é a mais divertida?
O terreno da memória é tortuoso, cheio de lacunas que talvez nunca se preencham verdadeiramente, e onde a imaginação cresce e floresce... Mas o que fazer senão acreditar? Se isso tornar uma vida mais feliz... Chega uma hora em que simplesmente não importa mais...